olá. esta sou eu a ser feliz no estúdio.
7 de dezembro de 2017, 18h22
todos os anos peço para que o ano demore a passar. a meia-noite do ano novo faz-me sempre sentir alguma melancolia momentânea. há quem diga que o tempo não existe mas as rugas na cara dos meus avós e o esbranquiçado nos cabelos dos meus pais denunciam-no. eu ainda não tenho rugas nem cabelos brancos mas sei que o tempo também passa por mim e que, cada ano que passa, é mais um ano que já foi. o começar de um novo ano lembra-me sempre disso e, portanto, vejo-o sempre como um (re)começar de um novo ciclo, o que encarrega alguma responsabilidade e receio.
no entanto, este ano estou ansiosa pelo ano que se aproxima. talvez seja por andar mais feliz todos os dias - o que não era rotina nos anos anteriores -, talvez seja por ter a oportunidade que nunca pensei ter de fazer música. no sábado, faz uma semana que fiz 21 anos. 21 anos já denunciam alguma existência de "tempo". não comi bolo de aniversário, eliminei a opção de escreverem no meu mural do facebook e acabei só a receber mensagens de pessoas que realmente são próximas de mim, não tive nenhuma festa de aniversário. tudo o que fiz foi ir almoçar fora com a minha família a um sítio super baratinho mas bom e depois fomos passear à praia da figueirinha - sempre quis ir lá e agora fui sem sequer saber como lá cheguei. no entanto, foi o meu melhor dia de aniversário.
e é a este tipo de coisas que tenho dado tanto valor ultimamente e acho que foi assim que acabei por perceber onde está a felicidade: nas coisas pequeninas. não é cliché. fico genuinamente feliz quando a senhora da limpeza da minha escola sorri para mim, quando o senhor do armazém conversa comigo sobre coisas da vida dele mesmo que eu nem saiba o nome dele, quando o meu professor foi comigo à biblioteca procurar os melhores livros para ler, quando os meus amigos dizem que gostam de mim. a coisa mais importante que aprendi este ano foi no quão importante é ajudarmos as pessoas e dizermos-lhes o que sentimos sobre elas: que gostamos delas, que gostámos de certa atitude delas, que estão especialmente bonitas hoje. tenho cada vez mais este hábito e recebo ainda mais do que dou em dobro.
talvez seja por isto que, pela primeira vez, quero que o novo ano chegue: por sentir que estou mesmo no sítio certo, à hora certa, rodeada das pessoas certas. sinto que vou começar o novo ciclo com energia positiva à minha volta e que há algo de grande e bom a chegar. sinto que é este ano que os meus sonhos vão começar a tornar-se realidade. há algo que me grita isso todos os dias na portinha do meu coração. e é incrível sentir isto.
31 de dezembro de 2017
to do list para 2018:
1. ler mais livros
2. conhecer mais músicas
3. fazer mais músicas
4. escrever mais no blog
5. ter a carta de condução
6. colocar mais vídeos no meu canal do youtube
7. estudar mais
8. começar a tocar bem piano
9. comer mais fruta e beber mais água
10. fazer, pelo menos, 2 videoclips
11. acabar um ep ou um álbum
12. doar mais para instituições solidárias
também queria que as pessoas fossem mais fixes umas para as outras, que certos governos deixassem de fazer do mundo um campo de guerra e que houvesse menos diferenças nos mundos. somos todos feitos a partir das mesmas estrelas.
e com isto, deixo a música que mais me obriga (já passou a fase de só motivar) a levantar o rabiosque quando estou a procrastinar em vez de fazer o que tenho e quero fazer.
lutem pelos vossos sonhos e sejam fortes!
feliz 2018! :)