já todo o mundo sabe que adoro música: está esculpido em todas as pedras da muralha da china, passa nos ecrãs da times square e, brevemente, todos os aviões da emirates terão uma faixa com isso inscrito. que me comam todo o pão, que me sequem a água mas que nunca me calem a música. pronto, mantemos o pão, a água e a música. por uns inconvenientes tolos, tive de estar um tempo sem fazer música minha. com isto, comecei a sentir que o meu cérebro estava a virar-se ao contrário e a pedir que algum grupo de aliens me viesse buscar para o planeta deles.
no entanto, esses inconvenientes já estão ultrapassados e eu estou feliz. foram ultrapassados no primeiro dia de primavera. a primavera sempre foi a minha estação do ano preferida. 444 ficheiros de vídeo (fui confirmar!) no telemóvel com ideias para músicas minhas e uma lista de notas cheia de letras. boa. comecei a olhar à volta e vi uma guitarra, um ukulele e um teclado também eles a olharem para mim. excelente. olhei para mim e vi a vontade a transbordar de todos os poros. tudo pronto. estamos a dia 30 e já fiz umas quantas músicas. gosto de tocar músicas dos outros mas adoro a polissemia de sentimentos que é fazer música minha.
mas isto é um mundo de rosas: tem a sua parte bonita e tem os seus espinhos. e os espinhos são a minha falta de confiança. tenho um videoclip pronto para sair há demasiado tempo e não o coloco no youtube porque penso que falta sempre qualquer coisa - porque ficava melhor mais algum instrumento numa parte, porque a minha voz não está bem, porque a letra podia ser outra. analiso tudo demasiado. nessa música, fui eu que fiz a letra, a música e toquei todos os instrumentos, exceto o baixo, e quase-instrumentos (quando sair o videoclip, explico). hoje tive aula de música e mostrei uma das minhas músicas novas ao professor. é ele que grava as coisas comigo. quando chega a minha voz, eu tenho de fugir. não gosto de me ouvir, é horrível, arrepio-me toda. começo a ter mais confiança nas minhas letras, onde quero chegar com elas, e com a música em si. mas a minha voz deixa-me desconfortável. sei que o remédio desse mal vem com o hábito mas até lá, vou continuar a tapar os olhos e os ouvidos.
mas isto é um mundo de rosas: tem a sua parte bonita e tem os seus espinhos. e os espinhos são a minha falta de confiança. tenho um videoclip pronto para sair há demasiado tempo e não o coloco no youtube porque penso que falta sempre qualquer coisa - porque ficava melhor mais algum instrumento numa parte, porque a minha voz não está bem, porque a letra podia ser outra. analiso tudo demasiado. nessa música, fui eu que fiz a letra, a música e toquei todos os instrumentos, exceto o baixo, e quase-instrumentos (quando sair o videoclip, explico). hoje tive aula de música e mostrei uma das minhas músicas novas ao professor. é ele que grava as coisas comigo. quando chega a minha voz, eu tenho de fugir. não gosto de me ouvir, é horrível, arrepio-me toda. começo a ter mais confiança nas minhas letras, onde quero chegar com elas, e com a música em si. mas a minha voz deixa-me desconfortável. sei que o remédio desse mal vem com o hábito mas até lá, vou continuar a tapar os olhos e os ouvidos.
neste fim-de-semana, vou rever o videoclip, sofrer a ouvir-me a cantar, concluir a letra como quero e se devo colocar mais um instrumento ou outro. na próxima semana, vou falar com quem de direito para concluirmos as coisas todas e, finalmente, colocar o videoclip. esta primavera vai tudo mudar. eu tenho demasiada sede de viver da música para estar tanto tempo parada no meio do deserto com medos diminutos. quero que as pessoas conheçam as minhas músicas, quero cantar para uma plateia que as conheça, quero fazer música com determinados artistas que adoro e quero tocar no coliseu de lisboa e no theatro circo.
AQUI está o link do meu canal do youtube. só tem um vídeo porque, mais uma vez, nenhum outro estava bom o suficiente. aliás, até esse foi posto por impulso. mas é aqui que eu vou colocar as minhas músicas e o que for fazer. e tu, que estás a ler isto, se pudesses subscrever e partilhar o canal com os teus amigos e familiares, eu oferecia-te um mega ovo kinder com um laço fofo.