mão (sexy) de vaca, unha (sexy) de fome. sou uma forreta... mas sexy, senhores.

ah e tal que só gasto dinheiro quando o rei faz anos - e ele fá-los a 31 de fevereiro. ah e tal que o meu dinheiro vai todo para instrumentos musicais e coisas que tais. ah e tal que o silva é um gato - ok, esta parte é verdade. ah e tal que a última coisa (legal) em que gastaria dinheiro seria roupa. definido, correto e averiguado. nem é por isso que agora, cada vez que encontro alguma camisola relacionada com extraterrestres ou com o espaço, sou obrigada a comprar - sim, porque eu não a compro por vontade própria, claro que é alguém que me ameaça com um facarrão daqueles de cortar pão e diz "ou esta camisola de criança ou fico-te com o nelson évora". e tenho de acabar por fazer esse sacrifício porque não posso prescindir do nelson évora. e com isto quero dizer que hoje comprei mais uma camisola que denuncia quem sou: um extraterrestre ou uma jovem adulta com um agudo síndrome de peter pan demasiado evidente e em estado bastante avançado, eis a questão. na verdade, queria uma camisola de dinossauros só que o meu pai começou-me a desconsiderar por ser mais uma camisola da parte de criança rapaz que iria comprar. e pronto, assim cheguei à conclusão que se calhar é melhor não me tornar numa blogger de moda porque o meu público-alvo ainda nem sequer sabe ler. 

e, não queria dizer mas... comprei mais uma coisa... que não foi 1€ como a camisola (eu sinto-me mal mesmo só dando 1€, ok? 1€ dá para comprar quase 3 chupa-chupas de coca-cola - se quem me atender me deixar levar os 3 mesmo faltando 0,05€). pronto, ganhei coragem e aqui vai: comprei uma máquina de filmar. mas eu passei a todas as disciplinas deste ano letivo e passei também no exame de código com 0 respostas erradas (muito importante frisar), portanto, mereço: é esta a minha desculpa para não me sentir mal por ter gasto dinheiro. eu nunca tive uma câmara e queria muito ter uma câmara para ser feliz com a câmara e fazer vídeos giros com a câmara, incluindo certos e determinados videoclips (que se pode ver aqui) que não tenham aquela qualidade de batata assada com óregãos fora da data de validade. eu andei à procura de máquinas no olx e em todos esses sites em que as coisas acabam por ser mais baratas mas ou eram muito velhas e não tinham o formato de vídeo que quero, ou eram tão baratas que desconfiava, ou diziam ter tantos defeitos na descrição que mais valia chamarem-na de pinguim do ártico do que de máquina de filmar. e foi assim que acabei a comprar uma nova. não é a melhor máquina do mundo (até porque foi a mais barata que encontrei) mas já fiz aquilo a que chamei "o melhor vídeo do universo" com ela e ficou tal e qual o nome indica. ah, e mais informo que foi o videoclip d'a cor é rosa que me ameaçou com o tal facarrão de cortar o pão para comprar a máquina. 


é ou não é impossível tentar combater o inimigo que nos influencia, quando o tal inimigo é esta coisinha linda? e, aceito, talvez o vídeo que fiz seja "o 2º melhor vídeo do universo" e este o primeiro. ou será que faço um vlog nas férias (a inteligente que só vai de férias em setembro) e coloco no youtube para tentar restituir o meu lugar no pódio? e sim, isto é uma pergunta séria. estou séria neste momento. pronta para esfaquear quem não me responder à questão com espadas de aniquilar pão.

número de vezes que um peixe-aranha foi atrevido e me picou este ano: 0

como tinha bilhetes mais baratos, fui ao cinema ver mentes poderosas (trailer aqui). escolhi-o só porque o nome até era interessante, não vi o trailer e, por isso, assustava-me ao mínimo som mais forte porque não estava preparada para as coisas que iam acontecer. e aqui vai um grande feito na minha vida: pela primeira vez na vida, sem contar com o filme do E.T. e à procura de nemo que são obviamente visivelmente declaradamente manifestamente perfeitamente perfeitos, não adormeci no cinema. não entendo muito de filmes e, então, avalio-os conforme a minha vontade de dormir e, sendo assim, este filme é bom. se bem que, conforme as avaliações, o imdb não partilha da mesma opinião. se calhar, não adormeci por sorte. no entanto, vou aproveitar a onda de pouco sono para, um dia destes, fazer uma maratona de filmes do harry potter, mas confesso que estou com um bocado de medo de me tornar uma daquelas pessoas loucas pelo harry potter: começar a andar com varinhas mágicas, frustar-me por não conseguir fazer uma vassoura levantar voo, não sair de casa sem vestir uma capa preta e chegar ao último estádio de loucura e comprar toda a merchandise de harry potter da primark. 

por outro lado, também corro o (bom) risco de ganhar poderes. vamos manter aqui um segredo... eu sei que é difícil acreditar mas... depois de ver o filme mentes poderosas fiquei com poderes. claro que podia também ter ficado com o poder da psicocinese, o fogo ou o controlo da mente mas isso é muito básico para a estimada princesa que sou e, então, o meu poder é: não apanhar escaldões mesmo não tendo colocado protetor solar e ficando muito tempo ao sol. e mais: não sei se é por continuar a comer cenouras a todas as refeições mas, em 3 dias de praia, estou um pouco mais escurinha e já não tenho de ter cuidado para não ofuscar os olhos das pessoas com o brilho da branquidão da minha pele. claro que é também preciso saber controlar o meu poder (um dia destes dou um workshop) e, como ainda estou numa fase inicial, às vezes corre mal. no outro dia fui à praia de manhã, tomei banho mal cheguei a casa e, horas mais tarde, quis o belzebu que fosse quando estava sozinha, apareceu-me uma comichão insuportável nas costas e nos ombros: a certa altura tive de coçar as costas em toalhas ásperas e em tapetes, já tinha as costas quase em sangue de tanto coçar, já chorava desesperada e mandei-me para dentro do duche, de calções, a molhar as costas com água fria. passava durante uns segundos e depois voltava. sim, foi horrível - com todos os significados maus que a palavra carrega em si. no entanto, pior do que isto, é ter ficado com a marca de uma mão marcada no peito porque adormeci assim ao sol. e assim declaro que vou andar o resto do verão de gola alta. pelo menos até ao dia em que decidir que também vou lançar a tendência de ter marcas de mãos no meio do peito e, claro, ser um sucesso - tal como estão a começar a ser os sapatos de água que, para além de serem de uma beleza digna de estrela na calçada da fama, são bastante eficientes contra as picadas de peixe-aranha. e, sim, isto sou eu a fazer render o peixe (ou os sapatos, vá) para não ser a única pessoa (supostamente) ridícula a ir de sapatos para a água.

all i do is win win win (depois de quase morrer com um ataque dos órgãos todos)

dormi bem à noite - apesar de ter dormido na sala porque a minha gata estava a ocupar a minha cama toda e a rainha pode dormir onde quiser e, portanto, fui eu que tive de mudar de sítio - e tomei o mesmo pequeno-almoço de todos os dias mas, mesmo sendo 14h26 neste momento, já só me apetece ir dormir porque esta manhã valeu por todos os anos de vida que me faltam. que não hão-de ser muitos. e porquê? porque estou a mais um passo de morrer, que é como quem diz: passei hoje no exame de código com 0 erradas (é importante frisar). sim, revi o exame 293892 vezes, experienciei o que quer dizer "sentir o coração a saltar pela boca", quase ia desmaiando com os nervos, mas o milagre (resultante do esforço, porra) aconteceu. neste caso, assumi-me como tendo toda a legitimidade do mundo para dar dicas de como passar no exame de código (mais dentro do tal ditado "façam o que eu digo, não façam o que eu faço"):
  1. as aulas de código são uma seca mortífera mas tem de se aproveitá-las, estando atento e tirando apontamentos. depois de ter todas as aulas assinadas, teimei em não ir a mais aulas porque a escola ainda é um bocadinho longe de minha casa (ou sou só eu que sou preguiçosa) e porque aborrecia-me mas estudava muito em casa.
  2. ler o livro de código pelo menos uma vez - que foi uma coisa que só decidi fazer na véspera e concluir a 20 minutos do início do exame. mas sim, é importante, e é importante fazer resumos do que se tem mais dificuldade em decorar (no meu caso, as velocidades e as luzes).
  3. fazer muitos muitos muitos testes. existem alguns sites em que se pode fazer testes mas, para mim, o melhor é bom condutor porque tem uma biblioteca com toda a matéria, tem a explicação de todas as perguntas e respostas (o que é excelente porque percebemos porque erramos uma certa pergunta em vez de só saber se erramos ou acertamos) e, caso se faça login, tem um "índice de bom condutor" que, à medida que vamos fazendo os testes, ajuda-nos a perceber quando começamos a estar preparados para fazer o exame. como sou a pessoa com menos confiança no mundo, dei em louca e fiz todas as questões existentes no site, o que foi o mais inteligente que fiz na vida, porque a maioria das perguntas que me apareceram no exame, já tinha feito no site.
  4. depois de dizer quantas perguntas erramos, mesmo que tenhamos acertado todas, é bom rever o teste todo para consolidarmos mesmo bem todas as questões.
o melhor desta situação é que já me sinto permitida a usar outros sites no meu computador sem ser o de testes de código. o pior desta situação é que - que todos os deuses do mundo me salvem por esta ideia estúpida - prometi que ia fazer uma tatuagem a dizer "bad bitch" caso passasse no exame de código com 0 erradas. bad bitch não em termos de ser má com as outras pessoas mas em termos de confiança, para me lembrar que tenho de ser confiante da maneira mais árdua possível. claro que podia deixar passar a situação mas já o tinha prometido antes e não cumpri: prometi que a ia fazer se tivesse 20 num teste de pós-produção de áudio, o que aconteceu e não fiz a tatuagem; prometi que a ia fazer se tivesse a melhor nota da turma numa disciplina de matemática, o que aconteceu e também não fiz. sinto que é um sinal do universo a obrigar-me a fazê-la e, como dizem que à terceira é de vez e talvez tenham razão, quem sabe se um dia destes não faço por passar uma vergonha no dia em que morrer, quando os senhores da agência funerária estiverem a vestir-me para ir para o panteão nacional e encontrarem uma tatuagem a dizer "bad bitch". sim, porque eu vou mesmo para panteão. nem que seja por - não sei se já disse (se calhar é melhor também tatuar isto na testa), mas - passei no exame de código com 0 erradas - embora o mais provável seja ainda ter pesadelos que chumbei esta noite, o que acaba por não oficializar a situação.

já dizia um grande poeta chamado tony carreira: "se me vais deixar, leva-me contigo"

quando digo que lanço notáveis tendências da moda, estou mesmo a falar a sério. quando vi que andavam a vender camisolas da nasa, o meu lado de astronauta assassinou o meu lado forreta e comprei sem sequer ter tempo para pensar muito nisso. os meus amigos, também conhecidos como os meus maiores haters, aproveitaram-se da situação para poderem - chamemos-lhe - gracejar por comprar roupa na parte de rapaz criança. se na altura não fiquei nem 0,13% atormentada, agora muito menos: soube pelos meus tais amiguinhos que essas camisolas agora são moda e que há montes de gente (que não são suposto andar na parte da roupa de rapaz criança) a espalhar o seu charme com elas vestidas. como sou super humilde, não ia admitir mas pronto, já que insistem, sim, fui eu que propaguei a moda. e deixo já aqui qual será a próxima tendência a ser lançada para os meus mais dedicados fãs: sapatos de água. de todos os meus defeitos e coisas que já fiz de mal na vida, nenhum diz na bíblia que mereço ser picada por um peixe-aranha e, por isso, comecei a utilizar sapatos de água sempre que vou à praia. claro que podia usar crocs mas já estamos em toda uma nova era do mundo da alta-costura e, portanto, tive de inovar na tendência. e digo mais: se houver alguém a queixar-se, começo a levar fato de mergulho também, não haja alguma alforreca com alguma necessidade especial. 

uma das grandes vantagens desta nova moda é que parece atrair todo um conjunto de espécies arrebatadoramente galantes em volta - com uma certa prudência, claro, não podem vir todos juntos porque tenho uma enorme habilidade para me apaixonar por toda a gente e não convém (pelo menos, enquanto estiverem todos juntos). atrevo-me até a afirmar que vivi uma verdadeira história de amor proibido (ou desinteressado, talvez), qual pedro e inês. quando estava a entrar na água, 9h da manhã - que é quando os verdadeiros amores brotam -, vislumbrei a personificação do estereótipo de concorrente de reality show a metros suficientes para que só a visão daqueles músculos fizessem de mim um naufrágio mas, com a quantidade de óleo espalhada naquele corpito de hulk aos fins-de-semana, conseguir voltar à tona. o problema é que eu estou mais perto de ser o estereótipo de criança de 4 anos no meio de um consultório do dentista à procura de um javali do que de qualquer outra coisa e, portanto, fui ignorada pelo possível amor da minha vida.

não sei se o problema foi dos sapatos de água - ele poderia estar a levá-los como um empecilho porque, com certeza, estava a fazer planos para me salvar de um possível ataque de peixe-aranha e, com a minha arma letal, isso não seria possível -, ou de por dar por mim a dormir toda torta, meia dentro-meia fora de uma cadeira de praia, enrolada a uma toalha do mc donalds (será que ele não pensou nos dates românticos que poderíamos ter neste restaurante internacionalmente reconhecido?). a verdade é que quando tive um ataque de espirros, ele olhou... em volta para ver de onde era o som mas como verdadeiro estereótipo de concorrente de reality show, nem comigo mesmo ali ao lado a dar todo um espetro de som quase a atingir os ultra-sons só para ver se ele reparava em mim, ele não percebeu que era eu e acho que acabou por sair da praia sem saber da minha existência. porém, não vou desistir deste profundo amor e vou voltar à praia para o encontrar. um dia destes. quiçá. não sei quando. possivelmente quando desaparecer o escaldão que só está em metade da minha cara devido à forma estranha de dormir na cadeira de praia. ou talvez isso também vire tendência da moda.

a depilação é um conto de fadas da disney

olá, seres humanos bonitos. a minha fase de caranguejo a descongelar estava com dificuldades a passar, porém, ao saber que o nelson évora sagrou-se hoje campeão europeu de triplo salto, derreti o que faltava só para poder fazer a lista oficial de grandes feitos do nelson évora:
  1. ter casado comigo;
  2. ter nascido;
  3. ser... como digamos... bem acabadito, apuradito, magnífico;
  4. ser campeão europeu de triplo salto.
seja dito de passagem que eu pensei mesmo que já tinha morrido porque, desde o último post, aconteceram coisas estranhamente boas, fora do mundo normal dos terráqueos. no entanto, quando hoje o meu marido nenézinho me ligou a dizer "oi, amor. sou campeão europeu", claro que percebi que estava no mundo real porque, apesar de ninguém saber, porque gostamos de manter a nossa relação privada, estamos constantemente em contato um com o outro, sempre a mandar fotografias e vídeos românticos, ele costuma escrever-me enormes testamentos a dizer o quanto me ama. enfim, um dia também hão-de encontrar alguém que vos ame tanto assim.

mas sim, é verdade, eu pensava mesmo que tinha morrido e que tinha aterrado no paraíso. tudo isto porque, como disse no último post, fui à depilação, o que é sempre um momento não muito feliz para mim (apesar de gostar mesmo da esteticista), porque estar em frente a alguém com os meus tímidos pêlos descortinados prestes a serem impetuosamente arrebatados não é o meu hobbie preferido. porém, desta vez tudo correu estranhamente melhor:
  • antes de ir à depilação, fui ao supermercado e, senhores, as batatas camponesas estavam com um bruto desconto e comprei todas as que restavam (que eram poucas, infelizmente, porque, se pudesse, tinha comprado o stock inteiro). lado mau disto: de todas as que comprei, já só me resta meio pacote.
  • a depilação não me doeu. a senhora dizia "agora vai doer um bocadinho", o que despertava logo o diabinho do meu ombro que puxava pelo meu lado de aflição por antecedência e começava a pensar que ia acabar a sair dali sem perna ou que a senhora ia ter de fazer tanta força que, com a rapidez, a mão dela ia saltar e a banda de cera ia parar ao meu olho e depois ia ter de arrancar o olho e morrer. mas... não doía. nada. nem um bocadinho. nem na parte que é suposto doer (if you know what i mean...), doeu. lado mau disto: vai doer na próxima vez que lá for e, por isso, nunca mais vou fazer a depilação.
  • não houve ventoinha desta vez. lado mau disto: o ponto a seguir.
  • houve janela aberta. o que, na verdade, acho que só traz coisas positivas para o mundo em geral e a vida em particular. para mim: não cheguei a congelar por inteiro porque a temperatura da rua era mais quentinha que a de uma possível ventoinha - pelo menos, em estado normal. para o planeta: não houve gasto de energia. para os vizinhos dos prédios à volta: não sei se dava para ver alguma coisa mas, se viram, era só produto nacional da mais altíssima qualidade. 
  • primeira vez na história da minha depilação em que não fico com as pernas cheias de alergia. acho que achei o segredo: não coçar quando dá comichão e pôr um creme (que também estava em promoção para além das batatas camponesas) que não tenho agora o nome porque é 1h da manhã mas, se alguém tiver interesse em saber, pode perguntar ao meu advogado. brincadeirinha - pode perguntar nos comentários que eu depois lembro-me de ir ver.
  • quando estava a voltar para casa, encontrei o meu crush - eu sei que tenho muitos mas este é o principal. e aí sim, ia morrendo. não por ser um caranguejo congelado mas por me sentir um caranguejo vivo a ser fervido numa panela com água a estoirar. no entanto, consegui manter a postura e falar-lhe como se estar toda a colar da cintura para baixo fosse bastante natural e comum, tal como me sentir como se estivessem 18389472 abelhas a corroer-me por dentro.

que o meu prédio decida parar ao lado da casa do adam levine. amén

há 1 semana, estaria, provavelmente, a tocar guitarra, com os estores para baixo e as ventoinhas a esforçarem-se para serem despedidas porque, com elas ou sem elas, parecia sempre que o meu prédio se tinha feito roulote e estava no meio do deserto do saara, na parte mais quente do dia e com todos os efeitos do aquecimento global reunidos naquele exato local. hoje, já existem algumas diferenças: os estores estão para cima e o sol pode entrar, já não existem ventoinhas e estou a ouvir ornatos violeta em loop, deitada na cama, tapada com o lençol e o cobertor às 14h09 porque o meu prédio, em vez de parar em lisboa, decidiu vir passear para o ártico. ou se calhar as ventoinhas não fizeram assim tão mau trabalho, os resultados é que chegaram mais tarde e não naquele momento. depois de escrever isto, vou ganhar coragem para me levantar do ninho e ir tocar piano. no entanto, já preparei umas quantas camisolas polar, três pares de calças de fato de treino bem quentes e um casaco impermeável, não vá o gelo começar aqui a derreter no ártico. o pior desta situação toda é que tenho depilação marcada para as 19h, que é uma hora em que está ainda mais frio e, para além disso, a senhora costuma lá ter sempre uma ventoinha apontada para as pernas, o que é bom para acalmar a dor, mas mau porque vou sair de lá a parecer um caranguejo congelado.

espero que, entretanto, o meu prédio decida ir dar uma voltinha à índia porque o meu encargo bastante exaustivo de ontem à noite foi ver o documentário do rui unas sobre a sua viagem à índia (aqui) e, com isto, senti-me a pessoa mais interessada na índia durante 1h e comecei a pesquisar sobre as castas, o código de manu e outras coisas que tais e fiquei tão encantada quanto assustada. o meu cérebro que acha entusiasmante tudo o que vê e ouve, também acha interessante que a distância de portugal a los angeles é maior do que de portugal à índia e, mesmo assim, a nossa forma de viver e de olhar para as coisas é mais parecida com a de los angeles do que da índia. e digo índia mas podia dizer outros países que estão a muito menor distância. o meu cérebro acabou de ficar ainda mais confuso e cansado só nestes 5 segundos que parei para pensar nisto. terei de me retirar. entretanto, se eu não voltar ao blog nos próximos dias, meses ou anos, será porque estarei na minha fase de caranguejo a descongelar. por aqui me fico. obrigada. de nada. até à próxima (talvez).

o mundo é um quase círculo a girar

neste momento, estou a viver um período bastante emotivo e comovente na minha vida porque me aconteceu algo que eu nunca pensei que iria acontecer: fui a primeira pessoa a ser atendida nas finanças. porra, isto é ou não é um verdadeiro motivo de celebração? e mais: não tive nem tenho de pagar nada. sempre ouvi dizer que não podemos comparar a nossa vida à dos outros porque o nosso caminho é o nosso caminho e tudo acontece no tempo certo e fico emocionada ao perceber a realidade desta frase. acreditem em vocês e nos vossos sonhos! eu também nunca acreditei que iria ser a primeira pessoa a ser atendida nas finanças e aconteceu! tenho chorado noite e dia de emoção e é por isso que não escrevo aqui há alguns dias - precisei de um tempo para me recompor e tirar todas as lições que a vida e o universo me deram com esta vivência. 

no entanto, claro que com todas as maldições das pessoas que tiveram de esperar na fila das finanças, logo a seguir tinha de acontecer uma desgraça: fiquei (quase) presa no autocarro. a minha mãe saiu do autocarro e, quando eu ia a sair, o motorista fechou a porta e começou a arrancar. no entanto, ver a minha mãe toda numa representação do quadro d'o velho do restelo, valeu toda a aflição - na verdade, foi só uma pequena aflição porque o único problema é que estava cheia de fome e assim ia demorar mais tempo a chegar a casa para comer. contudo, a vida é um barril de surpresas e, mais tarde, tinha à minha espera (sim, à minha espera!) o álbum novo das minhas amigas forever anavitória. a minha preferida e, obrigatoriamente, a preferida de toda a gente, é esta:


e sim, são minhas amigas. se eu já estive com elas e já falaram comigo uma vez, são minhas amigas. ainda para mais, elas, sendo perfeitas, sentiram logo o meu cheiro inconfundível de pessoas que possuem tal caraterística e acolheram-me na alcateia das perfeições. também nessa alcateia está presente o marcelito. trato-o assim porque sou amiga dele mas, normalmente, o povo trata-o por marcelo rebelo de sousa. o marcelito deve ser a pessoa perfeita com quem estive mais vezes (para além de mim, com quem tenho de estar todos os dias), condecorando-o como meu melhor amigo (um verdadeiro prazer): vi-o em lisboa e meia dúzia de meses depois estava ele a ser presidente da república (os meus poderes são poderosos!); no dia em que ele assumiu a presidência, fiz uma reportagem não pensada em frente ao palácio de belém que tinha todos os jornalistas de canais reconhecidos a olharem para mim (enfim, a inveja é um sentimento muuuuito feio...) e, no momento em que ele ia a sair, ele riu e acenou-me (sentiu o tal cheiro caraterístico das pessoas perfeitas) - 100 milhões de euros e coloco esta reportagem na internet! -; no ano passado, a minha mãe encontrou-o e ele mandou-me um beijinho e, mais tarde nesse dia, eu encontrei-o e tirei uma fotografia com ele. quando tivermos um momento para irmos beber café juntos (já dizia o tal ditado: pessoas perfeitas, agendas apertadas), mostro-lhe a tal reportagem e pode ser que ele me adote e eu passe a ser uma pessoa interessante e não uma pessoa que se vai deitar agora, às 22h, a ler o livro do calvin esparguete, como a verdadeira senhora de 50 anos, doida por gatos, que sou.

sugestão do pré-sono: se não tiverem o livro do calvin esparguete, podem ir ouvir a música que fiz (aqui), meter gosto, partilhar, subscrever o canal e tal e tal e tal. dizem os cientistas especializados na matéria que, quem o fizer, entra automaticamente na alcateia das perfeições. uuuuh - tsss!