primeiro dia de primavera

já todo o mundo sabe que adoro música: está esculpido em todas as pedras da muralha da china, passa nos ecrãs da times square e, brevemente, todos os aviões da emirates terão uma faixa com isso inscrito. que me comam todo o pão, que me sequem a água mas que nunca me calem a música. pronto, mantemos o pão, a água e a música. por uns inconvenientes tolos, tive de estar um tempo sem fazer música minha. com isto, comecei a sentir que o meu cérebro estava a virar-se ao contrário e a pedir que algum grupo de aliens me viesse buscar para o planeta deles. 

no entanto, esses inconvenientes já estão ultrapassados e eu estou feliz. foram ultrapassados no primeiro dia de primavera. a primavera sempre foi a minha estação do ano preferida. 444 ficheiros de vídeo (fui confirmar!) no telemóvel com ideias para músicas minhas e uma lista de notas cheia de letras. boa. comecei a olhar à volta e vi uma guitarra, um ukulele e um teclado também eles a olharem para mim. excelente. olhei para mim e vi a vontade a transbordar de todos os poros. tudo pronto. estamos a dia 30 e já fiz umas quantas músicas. gosto de tocar músicas dos outros mas adoro a polissemia de sentimentos que é fazer música minha.

mas isto é um mundo de rosas: tem a sua parte bonita e tem os seus espinhos. e os espinhos são a minha falta de confiança. tenho um videoclip pronto para sair há demasiado tempo e não o coloco no youtube porque penso que falta sempre qualquer coisa - porque ficava melhor mais algum instrumento numa parte, porque a minha voz não está bem, porque a letra podia ser outra. analiso tudo demasiado. nessa música, fui eu que fiz a letra, a música e toquei todos os instrumentos, exceto o baixo, e quase-instrumentos (quando sair o videoclip, explico). hoje tive aula de música e mostrei uma das minhas músicas novas ao professor. é ele que grava as coisas comigo. quando chega a minha voz, eu tenho de fugir. não gosto de me ouvir, é horrível, arrepio-me toda. começo a ter mais confiança nas minhas letras, onde quero chegar com elas, e com a música em si. mas a minha voz deixa-me desconfortável. sei que o remédio desse mal vem com o hábito mas até lá, vou continuar a tapar os olhos e os ouvidos.  

neste fim-de-semana, vou rever o videoclip, sofrer a ouvir-me a cantar, concluir a letra como quero e se devo colocar mais um instrumento ou outro. na próxima semana, vou falar com quem de direito para concluirmos as coisas todas e, finalmente, colocar o videoclip. esta primavera vai tudo mudar. eu tenho demasiada sede de viver da música para estar tanto tempo parada no meio do deserto com medos diminutos. quero que as pessoas conheçam as minhas músicas, quero cantar para uma plateia que as conheça, quero fazer música com determinados artistas que adoro e quero tocar no coliseu de lisboa e no theatro circo.

AQUI está o link do meu canal do youtube. só tem um vídeo porque, mais uma vez, nenhum outro estava bom o suficiente. aliás, até esse foi posto por impulso. mas é aqui que eu vou colocar as minhas músicas e o que for fazer. e tu, que estás a ler isto, se pudesses subscrever e partilhar o canal com os teus amigos e familiares, eu oferecia-te um mega ovo kinder com um laço fofo.

luísa: acalma-te

vim por este meio pedir ajuda. pedir ajuda para não uma, não duas, mas umas quantas coisas que nem consigo contar:

  • ajuda para me acalmar com certas músicas do miguel araújo que, no meu coração, já têm todos os grammys do mundo. cancelem o evento! já estão todos reservados para o mesmo! só não estão reservados se ele não tiver algum concerto aqui em lisboa no verão - aí, meu senhor, só depois de gravar 10 músicas comigo é que tem direito a grammy!
  • ajuda para não procrastinar a ver episódios da série 1986 e, mais que isso, o cúmulo da procrastinação, entrevistas sobre a série! eu sei que sempre disse que não gosto de ver séries mas esta é uma exceção!
  • ajuda para não sofrer tanto enquanto espero pelos webisódios do joão couto. oh meu deus!!!!! ele acabou de meter um novo!!!!!! ok... calma... tenho de me controlar e escrever o post primeiro. eu acho que o problema não está no meu controlo mas na frequência com que ele coloca os webisódios. toca a meter mais que 1 por dia, meu amigo!
  • e, por fim, para os tantos trabalhos e estudos que carrego às costas que nem 500 fardos de cimento. 

comprometi-me (comigo mesma) a acabar tudo o que tinha para fazer da faculdade no fim-de-semana. claro que não aconteceu. era mais provável alguém me oferecer um bilhete de avião só de ida para nova iorque - o que também não aconteceu. porém, claro que em nova iorque até estaria melhor, ainda melhor se estivesse o vocalista de uma banda chamada maroon 5 comigo, soberania seria ele casar-se comigo, mas isto tem andado bem. eis o que tenho andado a fazer nestas férias que ainda nem a meio vão mas que eu já estou a assumir que serão assim durante todo o resto:


tenho andado a estudar mas não muito intensivamente porque só tenho exames em junho. mas assim vou já adiando os resumos e apontamentos e depois não tenho tanto stress, é só voltar a ler tudo. no ecrã do computador, está o spotify, onde estava a ouvir o álbum da série 1986. confesso que já pensei que se calhar nasci em 1986 e não em 1996. ando um bocadinho obcecada. só um bocadinho. nada de grave.


ando a fazer música nova!!! yaaaaaassssss! aqui estava no chão a fazer música porque é no chão que eu tenho inspiração. não estou a gozar. e mandei uma das minhas músicas novas a uma amiga minha e ela disse isto:


fiquei muito feliz. muito muito muito. agora estou a chegar à parte sentimental do post e não é o suposto. mas quero muito em breve conseguir mostrar alguma coisa. na verdade, já tenho uma música e um videoclip prontos para lançar há mil anos mas 1. acho sempre que não está bom o suficiente e 2. a música afinal também tem burocracias (mais ou menos) totós por detrás. pronto, cheguei ao fim do post, o que significa que vou finalmente estudar. estou a brincar. vou ver o novo webisódio do joão couto.

natal who? férias durante a primavera, senhores

gosto de pimentos na pizza, de ler livros à janela e de ver casas à venda na internet. mas, meus senhores, se há coisa que gosto, é de férias. especialmente daquelas férias em que dá para pôr tudo o que há para fazer em ordem - que acabam por não ser bem férias mas dão um jeitaço! e estou finalmente nesse tipo de férias!

hoje entreguei mais um dos meus trabalhos (mais ou menos) de desenho e o professor, mais uma vez, gostou. alguma vez eu disse que queria viver da música? ora essa! eu sempre quis ser desenhista! *pausa dramática para dizer que* estou a gozar! e estou ainda mais a gozar porque finalmente (!!!!!) vou começar a ter mais tempo para fazer música minha e a pôr vídeos no youtube! não só durante as férias mas para sempre (o meu sempre é um futuro próximo que eu consiga ver e esteja mais ou menos garantido até que venha um qualquer alien buscar-me para eu voltar finalmente para o meu planeta!). por falar nisso, hoje ao acordar estava a pensar que gosto mais de roupa de inverno do que de verão porque a roupa de verão é toda muito frufruzinha e eu sou um bocado, diriam os entendidos da matéria (também conhecido como o polícia da moda), maria-rapaz - que é um termo que odeio, confesso, porque mais frufruzinhas ou mais calções e chinelos, somos todas somente marias. porém, há uma camisola que o meu pai me comprou que tem um alien e diz, mal e porcamente traduzido, "existem mesmo?". lembrei-me disto após ter sonhado que estava a comer frango assado com o salvador sobral no jardim da estrela - o que é parvo porque nem eu, nem - que eu saiba - o salvador, comemos carne. portanto, aqui está a prova que sim: aliens existem. 

portanto, não só por ter enfim descoberto que sou um alien, aposto que estas férias vão saber mesmo a pizza vegetariana da domino's e pão de alho da pizza hut porque:
  • vou pôr a matéria da faculdade toda em dia - e aleluia! não é muita! pelo menos que eu esteja a pensar!
  • vou ver a série nova do nuno markl chamada 1986 (está disponível na rtp play), que uma amiga recomendou-me. eu não gosto muito (... nada!) de ver séries mas esta - para além de ser portuguesa, o que me desperta logo a atenção porque gosto de ver o que se anda a passar por cá -, parece ser gira e ter uma história interessante. para além disso, estou a começar a convencê-la e, mais do que isso, a mostrar-lhe, que há música portuguesa muito boa e ela gostou muito da banda sonora desta série, portanto, é porque deve ser mesmo boa. ela não gosta(va?) muito de música portuguesa e já está a começar a gostar, portanto, estou no bom caminho para ser a oficial embaixadora de música portuguesa dos renunciantes;
  • vou acabar de ler o livro quando a neve cai do john green, maureen johnson e lauren myracle;
  • vou ouvir as músicas novas do shawn mendes e o álbum novo do enoque e do joão couto lançados ambos hoje. 
esta primavera chegou linda e maravilhosa. tão linda e maravilhosa que se devia chamar camila cabello em vez de primavera. no entanto, ainda ficava mais camila cabello se alguém me decidisse oferecer as casas que andei ontem a ver durante o intervalo, mas já com uns eletrodomésticos novos também: esta ou esta. pode ser qualquer uma ou até as duas. não sou esquisita.

hoje é dia do pai e estou a escrever isto. mas já dei beijinhos e um croissant de chocolate ao meu pai

quando eu disse no post passado que devíamos começar esta semana como se fosse o começo de um ano novo, com toda a emoção, motivação e novidade que isso traz, não estava a falar assim tão a sério. qualquer que tenha sido a loucura má que alguém fez hoje, a culpa não foi da minha ideia - até porque todas as minhas propostas eram para um mundo melhor. 

as fifth harmony acabaram. "é só uma pausa, luísa!". sim, sim, sim. é como as minhas pausas durante o estudo: "é só uma pausa" e depois já dura o resto do tempo todo. portanto, o mais provável é as fifth harmony terem acabado mesmo. é a despedida oficial da minha adolescência. tenho 21 anos, eu sei que supostamente a adolescência já me ultrapassou há muito mas, dado que pareço ter uns 16, é aceitável eu ainda me sentir adolescente. 

é estranho pensar que as fifth harmony acabaram. metade da minha adolescência foi passada com elas, a todas as horas do dia, todos os dias, quando ainda davam mini-concertos em centros comerciais e ainda ninguém percebia do que estava a falar quando falava delas. de repente começaram a ser conhecidas e ainda bem porque, de outra forma, não teriam vindo a portugal e eu não as teria visto ao vivo (com bilhetes grátis! obrigada, mega hits! woop woop!) - e é por causa deste concerto que eu não choro por terem acabado, já chorei tudo por elas no concerto. 

hoje em dia, a música delas não é algo que oiça todos os dias a toda a hora mas continuam a ser as fifth harmony e a ter um t5 arrendado no meu taralhouco coração. depois de ler o post delas, fiquei a pensar no que seria se nunca tivesse existido fifth harmony. aposto que ainda teria toda a vergonha do mundo para falar com as pessoas, seria muito mais fechada, teria muito menos confiança em mim, nunca teria começado a pôr covers no meu blog antigo, nunca teria percebido que afinal não sou assim tão má, nunca teria tido coragem para criar um canal de youtube de música, nunca teria tido coragem para cantar num palco em frente a desconhecidos, nunca teria tido coragem para mostrar as minhas músicas a alguém e, cheia de sorte, poder gravá-las. 

é por isso que, para mim, não são  as fifth harmony (as cinco, camila incluída!), são a razão de toda a minha confiança, por muito pequena que (ainda) seja, para fazer o que mais gosto na vida e para me sentir bem o suficiente sendo a awkward que sou. não é exagero. a vida tem destas coisas estranhas, pessoas desconhecidas conseguem inspirar-nos a ser tudo aquilo que queremos ser. 

é este o mundo melhor por que todos clamamos

hoje é domingo. amanhã será segunda-feira. podíamos utilizar este início de semana como se fosse o início de um novo ano (apesar de já estarmos a meio de março, o que é assustador!). aliás, isto nem é um pedido, é uma ordem. e digo isto porque tenho a certeza que, se o fizermos, tudo será melhor com as minhas 5 propostas:

  • vamos todos aceitar o hálito a cebola e alho como uma coisa natural. adoro alho e adoro cebola e isto de ter de me controlar a comê-los é uma coisa que me deixa enfurecida, furibunda, colérica. alho faz bem ao sangue, cebola faz bem ao sistema nervoso. quero comer bróculos com alho à vontade, pão de alho com muuu(...)uito alho à vontade, hambúrgueres de soja com cebola frita à vontade. mas não quero ter receio de ter o azar na sorte de encontrar o adam levine na rua mas ter comido uma sandes de batatas fritas com alho e de, mesmo depois de escovar os dentes com uma escova de aço e um balde de lixívia potente, estar com gases verdes a sair da boca. se o hálito a alho e cebola se tornasse uma coisa natural e, mais que isso, agradável, tudo seria muito melhor!
  • proibir a produção e o comércio de produtos de frutos vermelhos. velas, sumos, detergentes, chás, iogurtes, gelatinas, mousses, cremes, bolos, champôs. senhores, já chega deste tormento! tudo o que foi produzido até agora e contém frutos vermelhos é esquecido. abortar missão. como assim as pessoas queixam-se do hálito a cebola e alho e não se queixam do cheiro horrível dos frutos vermelhos? um mundo melhor é um mundo sem frutos vermelhos. obrigada.
  • quem decidiu colocar doce de morango nas bolachas húngaras é preso. porque é um crime horrendo. não me estou a lembrar de nenhumas bolachas que sejam melhores que as bolachas húngaras. e são maravilhosas como são: por elas próprias, com metade de chocolate, simples. porque raio alguém decidiu colocar um doce - que só por si, é grave - com morango - que é o clímax da gravidade - dentro das melhores bolachas do mundo? e pior: há mais bolachas dessas com o tal recheio do demónio do que simples. decidi que afinal não vai ser só a pessoa que originou todo este absurdo mas também todos os que o seguem que vão para a prisão.
  • o mundo merece um dia de folga a meio da semana. para comer pizza para sermos mais felizes. para passear um bocadinho para espairecer. para conhecer o património cultural para ficarmos instruídos. para dormir um pouco mais para termos mais vitalidade quando precisamos de trabalhar. para fazer voluntariado para contribuirmos para o bem-estar de quem e do que nos rodeia. para praticar desporto para estarmos mais saudáveis. para fazer os trabalhos que nos faltam para o resto da semana sem tanta pressão para o índice populacional de stress baixar. só coisas boas nesta proposta.
  • alguém que crie batatas fritas camponesa saudáveis. daquelas que, mais do que poder, se devem comer a todas as refeições e entre refeições também. ofereço um stock ilimitado de bolachas húngaras sem doce de morango a quem criar isto.

no entanto, caso este post não chegue até amanhã a todos os cantos do mundo (duvido! óbvio que chega... apesar do mundo ser quase redondo e não ter cantos), vou apresentar estas propostas na minha candidatura à presidência da república. alguém tem dúvidas que ganho?

realidade da semana: o que faz uma hortaliça surda? finge couve!

- tens de ter mais calma, luísa!

vamos eleger esta como a frase mais ouvida esta semana. sinto que a quantidade de trabalho que tive nesta semana foi o equivalente ao cansaço físico que advém de uma volta ao mundo no menor tempo possível com 10 euromilhões prometidos. são 17h e tenho mais 2 trabalhos para entregar até às 18h30. ou melhor, tinha. já os entreguei - isto de não ter muita calma, querer tudo organizado e feito para ontem tem o seu lado bom: já acabei tudo o que tinha para fazer hoje muito antes do previsto. eu sei que disse que só iria escrever um novo post no domingo mas ahh! finalmente é quase fim-de-semana - vou ter de trabalhar e estudar à mesma mas, no entanto, já não é preciso tanta pressa.

mas calma: porque é que esta foi a frase mais ouvida esta semana? porque luísa, que é como quem diz, eu, como já foi dito vezes suficientes para se perceber, tem uma pancada qualquer por organização e perfeiçãozinha, o que causa um bocadinho (muita!) de pressão. e esta pressão começou logo no início da semana. entretanto, a meio da semana, fui à escola de música e o tempo em que estive à espera para ter aula foi o único momento mais calmo que tive até ali. aproveitei esse momento para tocar guitarra e, suspeito eu, baixar tanto o ritmo de um momento para o outro - numa hora estava a fazer 3 trabalhos ao mesmo tempo e a organizar a agenda e no outro estava num lugar rodeada de música, a tocar guitarra sozinha e sossegada - fez com que me desse um ataque de ansiedade. notei que me estava a esquecer dos acordes mais básicos, seguidamente comecei a esquecer-me de tudo o que tinha de fazer, de onde tinha estado, onde ia, que horas eram e, com isso, o meu coração começou a acelerar imenso, comecei a ter falta de ar e pensava que ia desfalecer. no entanto, depois de tantas vezes assim, consigo controlar-me de forma a não desmaiar e passado o que pareceu uns dias mas foram só uns minutos, acabei por ficar melhor. 

também a meio da semana fui ter aulas de condução e acabei a descobrir que já tenho todas as aulas de código assinadas e já fiz todas as aulas de condução obrigatórias, ou seja, posso ir a exame de código. confesso que estava a ficar um bocado desmotivada porque estava a ir a aulas e a aulas e parecia que nunca mais tinha tudo assinado. a verdade é que houve montes de aulas que deixei para assinar depois e, afinal, já tenho tudo assinado. ontem fiz um teste de código e deu-me 4 erradas (chumbava por 1, portanto), o que não é assim tão tão tão mau, mas sinto que não sei nada na mesma e, por isso, vou-me agarrar a estudar tudo do 0 porque estou proibida de chumbar. tenho urgentemente de realizar o meu grande sonho de ter um carrinha de caixa aberta e montar uma cama na parte detrás - à falta de uma auto-caravana, é assim que vai funcionar. 

na próxima semana, espero que não haja tanto trabalho - eu não tenho a certeza dos trabalhos porque eles nascem nas árvores, crescem do chão, surgem do meio do oceano, qual ex on the beach, aparecem não sei de onde. esta semana, por engano, acabei a fazer um dos trabalhos que era para a próxima semana - trabalho esse que tem a ver com desenho. e é aqui que se dá o apogeu da situação: o meu professor gostou muito do trabalho! o adamastor dos trabalhos gostou do meu trabalho! fiquei mais chocada que um ovo atirado do 8º andar! o adamastor dos trabalhos ainda não reclamou com nenhum trabalho meu! eu não disse que andava a cair água benta em lisboa? como ando sempre sem guarda-chuva e apanho grandes molhas, a água benta deu ainda mais resultado! eu passo a vida a reclamar desta disciplina porque o meu gosto e o meu jeito para desenho coincidem: são inexistentes ou, vá, quase inexistentes. os meus colegas disseram que estava muito giro e que tenho muito jeito. mal eles sabem que não é jeito, é mesmo um conjunto de montes de bolachas e batatas fritas no bucho, muitos litros de água e horas a tentar ver se sai alguma coisa minimamente utilizável. mas pronto, pode ser que até comece a ganhar algum jeito para isto e depois posso modificar a minha carrinha de caixa aberta toda até parecer uma limousine de gangster rico.

isto é o destino a dizer-me que vou ser o marcelo rebelo de sousa 2.0

caros seres dotados de capacidades de leitura que, por alguma razão alheia à minha perceção do que é considerado normal, lêem este blog ou qualquer coisa que isto seja,

também por outra qualquer razão alheia à minha sanidade mental - e talvez seja por isso mesmo que estou a escrever isto -, venho por este meio anunciar que, caso chegue a domingo à tarde ainda com todo o meu ser físico, psicológico e emocional minimamente composto, encontramo-nos num qualquer café para enfardarmos waffles de nutella. poderia dizer sexta-feira mas nesse dia ainda vou estar com marcas de guerra desta semana. para além disso, tenho ainda muito que fazer no fim-de-semana, portanto, a tal guerra ainda se vai prolongar durante esses dias. que inocente fui eu neste fim-de-semana - chegou ao fim e eu pensei "acho que tenho tudo pronto". achei, disseste bem. de repente, na segunda-feira já tinha 38593 campeonatos de bilhar, 182938 casas em palha para construir que se aguentassem durante a tempestade gisele, 28748 lontras marinhas para pentear e 294849 cenouras para cultivar e mais outras tantas para colher. pronto, ok, não é assim... é ainda pior: 2 textões para ler, aulas de condução, aula de música com ensaios, aula de substituição, 3 trabalhos de criatividade em que é preciso pensar muito bem, 2 deles em grupo, mais outro trabalho de grupo que nada tem a ver com isso, mais outro trabalho de grupo em que se tem de pensar bem, mais as horas contadas a juntar tudo em grupo, mais estudar tudo para não deixar nada para trás senão depois o cenário anda ainda mais bagunçado. para piorar, não me bastava querer fazer tudo perfeitinho - o que acaba por demorar mais tempo -, as pessoas do meu trabalho de grupo ainda decidiram que sou a representante e agora tenho de tratar das burocracias todas porque é um trabalho para clientes reais.

parece que me estou a queixar mas é tudo fogo de vista - ou de leitura, neste caso - porque não é suposto confessar isto mas acho que estou a começar a gostar desta vida assim: corrida, quase ofegante, sempre com isto e aquilo para fazer, sempre a pensar no que tenho de fazer a seguir e concentrada para que corra tudo bem. e a parte melhor de tudo é que também gosto do que estou a fazer e das pessoas à minha volta. tão bom! por outro lado, também há parte boa caso eu chegue ao fim da semana falecida que é: depois vou renascer com os tais waffles de nutella porque, sobrevivendo ou não, haverão sempre waffles de nutella à minha espera.

por enquanto, não é falecimento, é só desmaio - ou sono, tanto faz.
assim me despeço, com muita paz de espírito e muita meditação que não é feita por falta de tempo.
euzinha para todos os meus fãs,
beyoncé... perdão... luísa.

chove água benta em lisboa

se houvesse um concurso para dar pontuações à meteorologia, dava pontuação máxima aos dias em que está sol mas vento e um friozinho e o meu 2º lugar ia para os dias de chuva. adoro os dias de chuva e frio: posso estar afogada em sweatshirts, sentir-me um pinguim do ártico de casaco gigante, com o capuz a esconder os fones em que oiço música. e fico ali a imaginar que, na realidade do meu mundinho pequenino, as folhas das árvores dançam à minha volta, as pessoas apressam o passo das suas vidas e eu posso estar sozinha no mundo por instantes. mas desta vez, tudo isso ainda soa melhor porque - notícia exclusiva! - está a chover água benta. é esta a única razão para que o professor desta disciplina me tenha dado um valor a mais por eu ter dado uma das ideias que ele mais gostou da turma. quando o professor pediu o meu número de aluna...

eu por fora: 

eu por dentro:

claro que depois tive de mandar o documento para o moodle com o título "ideias para u" e, portanto, já estou a prever o meu falecimento na próxima aula porque ele quer que tudo esteja certinho com nome, número e nome do projeto. mas só reparei depois de ter mandado e não dá para mudar. mas, tirando isso, a água benta abençoou outras coisas esta semana:
  • não fui à aula de uma disciplina de matemática porque tive de ir ao médico. no entanto, tive aula ontem e consegui acertar todos os exercícios sem dificuldade à mesma e até ajudei outras pessoas a perceberem. a verdade é que já tive esta disciplina no curso em que estava (então e não pedes equivalências porquê, luísa? porque me custa mais dar 145€ do que fazer a disciplina de novo!) mas a matéria não é exatamente igual!
  • a aula de música correu super bem! woop woop! 
  • o meu professor de música perguntou se tenho andado a fazer música e eu acabei por lhe mostrar o meu bloco de notas do telemóvel cheio de letras. sinceramente, nem sabia que tinha tanta coisa - acho que foram os deuses da água benta que lá foram escrever coisas!
  • uma pessoa declarou-se e disse que tinha 1000 razões para gostar de mim e, apesar de eu já estar comprometida com o adam levine e ser-lhe profundamente leal, confesso que foi bonito e deixou-me ligeiramente lisonjeada. 
  • passei um dia todo a cantar problema de expressão dos clã. no dia seguinte, a rádio comercial pôs um vídeo do héber marques a cantar essa mesma música (aqui) e eu tive a mesma reação por dentro que coloquei no gif acima. também há tempos, encontrei o héber num café - se isto não são os deuses da água benta a dizerem que um dia vou fazer alta música com ele, não sei o que será... ok, se calhar sou só eu a sonhar mas enquanto não se pagar nada por sonhar... estou a brincar! eu sonhava mesmo que fosse a pagar!
  • tive a excelente ideia de ir para a faculdade às 12h30 quando entrava 3h depois e fiquei sentada no chão, a levar com o ventinho na cara, a ouvir música e a ler. 
no entanto, vou passar o fim-de-semana a estudar disciplinas teóricas (que a água benta me dê paciência!), a juntar mais ideias para trabalhos e a pesquisar sobre bordados à mão porque por alguma razão alheia ao lado normal do meu ser e porque acho que não tenho já mais que fazer, decidi que vou começar a bordar e já tenho 2 pedidos. o milagre da água benta a funcionar!

motivação: quanto mais rápido acabar a licenciatura, mais rápido tenho o tempo todo do mundo para a música

o meu sonho de vida é viver da música, ser voluntária em santuários de animais nas férias e fazer com que as pessoas deixem de comer carne. no entanto, também não me importava de estar agora numa praia em copacabana, a passear em nova iorque, a beber chá com bolachas no topo de um arranha-céus do dubai ou deitada numa cama de rede em bora-bora. mas não estou. estou na sala, com o meu onesie de orelhinhas, a comer línguas de veado e a beber água (ainda não são 11h e já bebi 3 dos 8 copos de água a que me obrigo a beber por dia! o que não dá muito jeito para quem veste onesie... se é que dá para me entender!), a ouvir o álbum do antónio zambujo e a fazer aquilo que o jurupari me obriga, que é como quem diz, o trabalho da disciplina que gosto menos, que é como quem diz, não gosto, que é como quem diz, detesto.

não é um trabalho difícil nem de muita pesquisa, é meramente criativo. mas é uma criatividade que eu não tenho: criatividade relacionada com o desenho. aliás, acho que é a primeira vez que estou a desenhar alguma coisa a sério e é por isso que tenho de passar tanto tempo à volta disto. já tive esta disciplina no 1º semestre - e passei, mas fui das piores notas! -, tenho este semestre e ainda vou ter noutro semestre qualquer. o jurupari funciona assim mesmo: quando estamos descansados, aparece para nos atormentar. adoro o meu curso mas esta disciplina esgana-me aos poucos. para melhorar, é a disciplina em que temos de entregar trabalhos todas as semanas - e mais do que um. dá para ver por agora: esta foi a 1ª semana de aulas (que pareceu 1 mês) e já estou com a cabeça a andar à roda com este trabalho. tem de haver sempre alguma disciplina mandada vir pelo jurupari. a maioria dos meus colegas adora (senão todos - ainda não ouvi ninguém dizer que não gosta), portanto, acho que a única opção é mesmo ir fazer a manifestação que ando a planear com todo o rigor... sozinha.

ontem estive a fazer o trabalho até às 2h da manhã e hoje acordei às 7h a pensar que tinha de continuar a fazê-lo. já tenho algumas coisas minimamente suficientes (é impossível estarem minimamente boas - acho que até um hamster recém-nascido que ainda nem vê tem mais jeito para desenhar que eu). mas porra, ao fim de não sei quantas horas à volta disto, se já não as tivesse era porque o caso estava mais grave que o normal - e nem sei se esta dificuldade para o desenho é tão normal assim. 

o que vale é que logo há festival da canção (sou #TeamJaneiro e #TeamJúlioeCatarina), há casa dos segredos e amanhã não vou às aulas porque vou ao médico. cheguei ao fim do post, são 11h23, já bebi 4 copos e meio de água e agora estou a ouvir salvador sobral

com 4h30 de intervalo dá para voar para londres, ir à loja de m&m's e voltar para lisboa

às 4h30 ainda está escuro na rua. com 4h30 faz-se 3 jogos de futebol. 4h30 é um pouco mais de meio dia de trabalho. e eu tenho 4h30 de intervalo. ai, que ter um furo gigante no meio das aulas é horrível! ai, que eu já hei-de ter cabelos brancos, 3 bengalas a auxiliarem cada perna e a caminho da 21ª dentadura e ainda hei-de estar neste intervalo! ai, que já só haverão baratas no mundo e ainda vou estar neste intervalo! isto foi o que pensei quando vi o horário. estas 4h30 de intervalo vão dar jeito para quando houver trabalhos de grupo marcados, muito para estudar (em vez de vir para casa procrastinar durante 7h até perceber que já chega de procrastinar e ups, é hora de ir dormir) e sol com fartura para bronzear estas fuças de fantasma com palidez de quase-desmaio. mas e enquanto não houver nada para fazer e estiver o são pedro com vontades de chuva? claro que podia ficar na faculdade a conversar com os meus colegas mas a minha casa tem um íman que funciona ao longe, a minha guitarra tem o mesmo tipo de íman mas com ainda mais potência e, portanto, aqui estou eu: em casa a tocar guitarra.

se alguém me quiser oferecer um edredão que não seja dos 101 dálmatas, aceito. não é por mim, é só porque a minha gata, que é branca com manchas pretas, diz que se confunde com o edredão.

agora parei um bocadinho porque já me dói a falange distal (isto é só para provar que mesmo estando num curso mais de artes, ainda sei coisas de ciências) e tenho a pele das pontas dos dedos todas a saltar. aproveitei para vir aqui ao blog escrever um bocadinho enquanto oiço a "acalanto" do miguel araújo - que agora só não oiço enquanto durmo para, durante o dia, ter bateria no telemóvel ou no computador para a ouvir. estou oficialmente a ficar viciada nas músicas do miguel araújo. dou mais 2 dias para começar a stalkar tudo e ficar a saber até em que hospital e a que horas nasceu. isto é assustador, eu sei, mas é assim que acontece a minha vida. relativamente a este post: acho que já não falta assim tanto tempo para poder começar a fazer música mesmo a sério, com um espaço em que possa estar sozinha em vez de estar numa sala sempre com gente. yaaay! pronto, era só isto que queria dizer. acho que vou buscar batatas fritas camponesas que tive ontem a excelente ideia de comprar para o almoço e não comi todas, continuar a tocar, almoçar, beber água (quase não bebo água em dias de aulas porque tenho medo que me dê uma vontade assombrosa de fazer xixi e... digamos que... as casas de banho da minha faculdade não são o sítio a que mais gosto de ir!) e ir para as aulas outra vez até às tantas. a minha gata acabou de chegar para dar muitas turrinhas a quem está a ler isto e desejar um março cheio de energia boa e um otimismo tal que os dias de chuva até parecem dias bonitos de primavera sem a parte das abelhas chatas e das alergias.