atualizações de quem deu um blog-ghost

no início de dezembro, fiz 22 anos. para o ano, vou fazer 23 anos. bish, wtf? ponham-me num lar de idosos. quando era mais nova (uau, já tenho idade para dizer isto) tinha medo de pessoas com mais de 20 anos. ainda tenho - e isto é a prova que, na verdade, amanhã vou acordar e isto foi só um sonho mau em que o tempo passava demasiado rápido, afinal tenho 11 anos e não estou velha. aliás, com a - chamemos-lhe - diferença geracional de secções biológicas que tenho, só pode ser um pesadelo. ora vejamos: 
  • idade segundo a personalidade = 7 anos;
  • idade segundo a aparência = 16 anos;
  • idade segundo o cartão de cidadão = 22 anos;
e mais acrescento: segundo alguma coisa que ainda estou a tentar perceber o quê, já faleci. na véspera do meu aniversário, fiquei o mais enjoada que já estive na vida - como se estivesse grávida de elefantes na barriga, de camelos nas pernas, de focas nos braços e de todos os animais da selva em cada um dos dedos dos pés e das mãos. a última coisa que fiz com 21 anos foi vomitar. não é incrível? ah, e passei o meu dia de anos com a vontade de regurgitação no máximo. ora, não comi nada de estragado, não bebi álcool (22 anos e não bebo álcool porque me sinto demasiado nova para isso... e porque não gosto) e, que eu saiba, não estou grávida. talvez noutro pesadelo, num universo paralelo, alguma destas coisas tenha acontecido. e talvez num universo paralelo eu não vá passar o dia 31 e o dia 1 a fazer os 12 trabalhos que tenho para entregar em janeiro. no ano passado, tive tempo e paciência para fazer uma to do list para 2018 e ainda estou indecisa se a cumpri bem ou não. ora, vamos ver:

1. ler mais livros ❌- acho que não aconteceu. no entanto, tenho 2 livros na secretária à espera que eu os acabe de ler, acho que conta como uma meta quase cumprida. 
2. conhecer mais músicas ✅- até porque é quase impossível não ter esta cumprida porque todos os dias saem músicas novas. boa, luísa, boa meta!
3. fazer mais músicas ✅- não fiz muitas muitas muitas mas fiz a minha preferida de sempre até agora!
4. escrever mais no blog ✅- ainda continuo a mesma desgraça mas escrevi para aí mais 1% do que no ano passado!
5. ter a carta de condução ✅- oh yeah!
6. colocar mais vídeos no meu canal do youtube ✅- coloquei mais 2. não posso dizer que não cumpri.
7. estudar mais ✅ - estudei tanto que nem sequer tive tempo para vir ao blog este mês (eis a minha desculpa).
8. começar a tocar bem piano ❌- alguém que me patrocine uma operação para ter dedos maiores!
9. comer mais fruta e beber mais água ✅- se, em breve, a água no mundo acabar, a culpa é minha!
10. fazer, pelo menos, 2 videoclips ❌ - fiz um (está aqui). em 2019, senhores, vou lançar 2 videoclips por dia.
11. acabar um ep ou um álbum ❌- roma não se fez num dia, neste caso, um ano eheheh
12. doar mais para instituições solidárias ✅- doei para associações de animais e ajudei animais de rua.

este ano não estou a sentir muito a passagem de ano - já só quero que chegue o dia 1 para ir passear à praia de manhã, como acontece todos os anos. sendo assim, os meus desejos para 2019 também são poucas e simples coisas, tais como, casar com o nelson évora, ter um filho do adam levine e gravar um álbum com o daniel caesar. estou confiante que tudo acontece! bom ano para vós, caros humanóides!

eu nunca vi ninguém fazer tanto barulho no meu coração

falaria de ti durante todo o dia. todos os dias.
falaria das tuas pernas longas que te fazem quase chegar às estrelas
e do teu sorriso que ilumina o universo inteiro.
falaria das mãos. grandes. capazes de segurar todos os planetas.
e os olhos. especialmente quando sorris e ficam com rugas em volta. quem me dera poder ver as rugas a crescerem cada vez mais ao longo dos anos.
de quando olhas para trás,
quando olhas para cima,
quando olhas para baixo,
quando semicerras os olhos e fazes perguntas óbvias.
do teu jeito trapalhão de andar,
da forma meiga de agarrar,
da voz feita mel,
e do riso. o riso. o riso. o riso. queria fazer-te rir.
uma.
outra.
e ainda mais outra vez.
puxa-me para ti, porra.
para sempre.

atenção: conteúdo sensível e propício ao vómito (depois não digam que não avisei)

está oficialmente provado que o horóscopo não é mito. dizia que esta semana ia dizer sim ao casamento e aconteceu: casei-me. pelo menos é o que o meu cérebro insiste em dizer. pronto, ok, vou explicar a situação para todos os casamenteiros e românticos desta vida:

passado da nossa relação - andámos na mesma escola. nunca nos falámos. temos amigos em comum. a minha melhor amiga é prima dele. e é isto. no início do ano passado, ele dizia-me olá na faculdade mas eu sou um ganso tolo e pensava que me estava a confundir com alguém - mas dizia sempre olá também porque preciso de ser simpática para que me comprem os álbuns no futuro, obviamente.

presente da nossa relação - agora (agora, ou seja, há 3 semanas) que raramente o vejo na faculdade, decidiu subir-me uma crush por ele. na terça-feira, mandei-lhe pedido para seguir no instagram (resumo das relações da era atual). o que aconteceu? ele aceitou e mandou-me também. alguma vez algum crush me seguiu no instagram? não (por acaso já, mas fica mais entusiasmante dizer que não). ou seja, levei isto como o pedido de noivado. e aceitei, obviamente. os meus amigos estavam constantemente a dizer para lhe mandar mensagem mas, lá está, eu sou um ganso e não mandei. hoje, senhoras e senhores, saí da aula e quem é que estava no corredor? o crush. e quem é que entretanto saiu da escola? eu. e o crush. e quem é que ganhou ovários e foi meter conversa? eu. oh yeah! e agora vou fazer uma lista do que aconteceu:
  • meti conversa e ele foi super simpático.
  • ia caindo no meio da rua aos 5 segundos de conversa (sou tão graciosa!). podia fazer mil piadas com o acontecimento mas vou-me conter. ele agarrou-me para eu não cair e puxou-me para não ser atropelada. quão romântico seria um filme de um casal que morreu atropelado aos 5 segundos de se conhecerem? 
  • fomos a caminho da paragem de autocarro a falar sobre conhecermo-nos e sobre a escola.
  • eu estava sempre a destruir o romantismo da cena: ele a puxar-me para a parte que não tinha chuva e eu voltava sempre para a chuva. sou um monstro ainda menos gracioso num corpo de lady!
  • quando chegamos à paragem, ele disse que ia para outro lado mas que já ia, para continuarmos a conversar. e eu disse que o levava ao sítio (eu sou o príncipe encantado desta relação). e ficamos uma meia hora a falar no sítio.
  • tivemos conversas bastante profundas até ele perguntar-me se acredito em amor à primeira vista. 
eu por fora:

eu por dentro:
  • fui eu, tão querida, o macho da relação, levá-lo onde queria até que... voltamos para a paragem de autocarro e ele disse que ia comigo até certo sítio mas acabou a trazer-me até casa.
  • com o ponto anterior, podíamos afirmar que, afinal, é ele o príncipe da relação, não fosse eu ter esperado pelo autocarro com ele para voltar para casa.
  • quando nos despedimos, ele agarrou na minha cintura e na barriga. e pronto, concordo que ele tenha de conhecer a casa dos futuros filhos.
futuro da nossa relação - vamos casar. estão todos convidados.

se fosse a 1000 casamentos esta semana, apanharia todos os 1000 bouquets de flores

li o meu horóscopo para esta semana, a última com 21 anos, e dizia que o meu momento de glória chegava a partir destes dias. na verdade, quanto mais se aproxima o dia do meu aniversário, mais a minha melancolia, desolação, angústia e todas essas palavras da família da tristeza aumentam. no entanto, como me obrigo todos os dias a viver num templo budista platónico, mesmo estando a escorrer mais stress que suor, consigo ver o lado positivo:
  • fui fazer um trabalho ao centro de lisboa, andei a passear com os meus amigos (um deles era espanhol e conhecia melhor lisboa que eu) pelos locais antigos da cidade e fiquei... como direi... encantada (com sotaque espanhol para não parecer tão mal não conhecer assim tão bem a minha própria cidade);
  • fui à rua cor-de-rosa, no cais do sodré, pela primeira vez;
  • andei de metro mais vezes em um só dia do que pensei alguma vez andar na vida toda. estava sempre com o coração a querer saltar-me pelos olhos e ainda não acredito que sobrevivi àquele terror. mas aqui estou viva. acho eu, pelo menos.
  • provei várias coisas:
    •  tortilla de patata: gostei mas nada de wow! 
    • gaspacho: foi a pior coisa que já provei na vida. mas a pior mesmo. chega a ser pior do que queijo, morangos e banana batidos numa liquidificadora e servidos com baratas vivas a boiar.
    • moscatel: concluí que, efetivamente, não nasci para bebidas alcoólicas, mais especificamente, para vinhos.
  • ocorreu o evento do ano 2018: tenho finalmente a carta de condução.
  • tive de andar sozinha num autocarro (sim, porque a querida já tem carta de condução mas, para além de não ter carro, também não tem coragem para conduzir) em que nunca andei para voltar para casa e, é triste, mas não sei se estou preparada para ir viajar sozinha. estava sempre a olhar à volta para arranjar pistas de onde estava e o meu cérebro funcionou da seguinte maneira: "mercado de penha de frança! frança? como assim frança? calma, já ouvi este nome nas marchas populares. bem, pelo menos frança sempre é mais perto que a rússia ou assim. olha o rio lá ao fundo! ok, já devo estar perto do terreiro do paço. estou a passar uma ponte? mas onde raio estou a ir? uau, dá uma foto gira (ps: saiu tudo desfocado). hmm, este sítio parece o terreiro mas não é. será que estou perto e tenho de sair aqui? estação de santa apolónia. bem, parece ainda ser longe. vou aguentar mais uma paragem. se entretanto for ter ao cais do sodré, sei como voltar para o terreiro. ah! agora sim, terreiro do paço. estou a salvo!". como achei que ainda não era tarde o suficiente para vir para casa, nem nada, decidi ainda fazer uma sessão fotográfica ao pôr-do-sol:
terreiro do paço. 23 de novembro.
porém, a parte amorosa não estava nada gloriosa ao ponto de nem sequer ter visto o meu crush esta semana. mas nem tudo está perdido: já estive a ver o horóscopo de sagitário (o meu signo, o melhor, obviamente) e diz para dizer sim ao casamento! portanto, vou começar a andar vestida de noiva e com um padre atrás todos os dias para, mal o vir, casar-me com ele e pôr no contrato de casamento que temos de jantar todos os dias juntos. 

apita o comboio, lá vai apitar. apita o comboio, começou a falhar

se alguém pensou que eu fiquei ferida psicologicamente de forma grave por ter chumbado no exame de condução, engana-se. aliás, fiquei com o título de exame mais curto do mundo - não há motivo para ficar triste. mas confesso: estou nesse estado miserável, sim, mas é pela quantidade de testes e trabalhos que tenho para fazer. no entanto, até aqui bati mais um recorde: um trabalho que é para entregar no domingo, as outras pessoas começaram-no há 15 dias e ainda não acabaram, eu comecei-o há 3 dias e acabei-o ontem - às 2h e tal da manhã mas está feito e pronto a entregar. pode estar escrito nos defeitos do meu signo que sou irresponsável mas eu acrescento nas qualidades que sou desenrascadinha e pontual... e linda, óbvio.

aliás, só não sou pontual quando há fatores externos incapazes de combater (a preguiça também conta?). tal como este fim-de-semana: fui passá-lo em casa dos meus primos, à serra da estrela. era suposto chegar a lisboa no domingo às 21h. cheguei 5 horas depois. como tinha bilhetes de comboio grátis, combati (este fator externo já é mais fraco que eu) o medo do paralelepípedo corredor e lá fui. em santa comba dão, o comboio parou e desligou as luzes e eu pensei logo que tudo acontece por uma razão e a razão do meu medo de andar de comboio estaria prestes a ser considerado plausível. pelo que ouvi as pessoas à volta a dizer, o mundo todo decidiu juntar-se e cair no meio da linha naquela hora e tiveram de chamar o obama, o trump, o putin e a angela merkel para o irem tirar. conclusão: estive a falar com um senhor sobre exploração animal e o exército, joguei ao stop, tivemos de mudar de comboio, meteram-me na 1ª classe (e fiquei sem entender a diferença da 2ª classe), adormeci à grande e caí do banco à francesa (de tal forma que quando me ia a levantar, já tinha o obama, o trump, o putin e a angela merkel à minha volta). se eu alguma vez pensei que ia ficar presa na terra do salazar? não. e a coincidência que é ter ficado presa (!) na terra do salazar (!). estou a tentar fazer uma piada com isto desde aquela noite mas ninguém entende. e agora aqui ficam umas fotografiazinhas lindas (sem filtro porque não tenho tempo e a naturalidade é... natural) do fim-de-semana só para animar a malta.

um comboio da linha de sintra e a estação do oriente às 6h da manhã
e eu cagadinha de medo atrás da câmara.

eu e o meu primo a passear pela aldeia.

eu sem wi-fi na 1ª classe do comboio aka rusticidade.

boda molhada, boda amaldiçoada

ontem chegou finalmente o dia em que ia abrir as portas do meu falecimento e, afinal, o destino quer-me prolongar um pouco mais a vida e, então, consegui bater o recorde do exame de condução com a menor duração do mundo: 15 segundos. quem conseguir este valor (as pessoas que não metem o cinto não conta), ganha uma liquidificadora a pilhas e um código de desconto da prozis para partilhar nas suas redes sociais, qual influencer. claro que estava tudo a correr demasiado bem e, se não acontecesse isto, não era eu. aconteceu que fui com outra rapariga e ela quis ir em 1º lugar e foi. enquanto ela estava no seu exame, estava tudo bem comigo, super calma, a pensar que estava a andar num comboio cheio de gente estranha à minha volta no meio da indonésia. mal a examinadora me mandou para a frente, o meu coração e os meus pés pareciam uma orquestra a tocar um hard rock já no clímax do concerto.

mal baixei o travão de mão, ainda nem tinha ligado, o carro começou logo a andar. meti logo os pés nos pedais para o travar e a senhora, simpaticíssima nas horas de menor tensão, disse, com o ar contrário ao dessas horas, "convém ligar o carro". oh filha, se há coisa que não gosto é que achem logo que não sei o que estou a fazer e, como não pude responder (porque ficava mal mandá-la ir alimentar porcos ao farmville), o meu coração e os meus pés começaram logo a aumentar o andamento da orquestra. mal saí do lugar, disse-me para entrar numa rua e estacionar em paralelo. senhores, eu sempre estacionei bem em paralelo e, se há coisa que me aflige no mundo, para além do plástico, a exploração animal e o adam levine não saber que eu existo, é não estacionar bem à primeira. e txanaaan: fiquei logo atrapalhada por não ter estacionado bem à primeira e, para melhorar, o vidro de trás estava todo embaciado por causa da chuva (e eu fiquei tão em pânico que nem perguntei se dava para desembaciar). que aconteceu, então? a minha roda traseira subiu o passeio e foi chumbo imediato. 15 segundos de exame! não recomendo a ninguém mas, se alguém por aí tiver o passatempo de gastar quantias absurdas de dinheiro, pode tentar bater o recorde. e o melhor é que a senhora ainda me disse "nem sequer olhou para trás". claro que não olhei. aliás, foi por isso que nem sequer vi que o vidro estava toda embaciado. 

o meu instrutor disse que foi uma pena porque me safo bastante bem a conduzir (ele não acabou a frase. ele queria dizer "bastante bem a conduzir... triciclos") e que foi uma parvoíce. mas, com certeza, não ficou tão triste quanto eu que vou ter de vender um rim, um pulmão e meio e ainda metade do intestino para conseguir pagar o novo exame de condução. conclusão: tenho 8 aulas obrigatórias a dar e o próximo exame já marcado. da próxima vez, vou levar uma corneta daquelas bem irritantes - se passar, uso-a para festejar; se chumbar, uso-a para espantar todos os espíritos que estejam à minha volta naquele momento. e que um deles seja a mesma examinadora de agora - apesar dela não ter culpa do que aconteceu. mas ela é um espírito maligno, tenho a certeza - de outra forma, o perfume dela não me apareceria de hora a hora para me atormentar. no entanto, se chumbar outra vez, não posso ir mais porque não há mais órgãos para dar - os ovários não contam porque tenho de engravidar para dar à luz o meu zé artur que vai ser examinador de exames de condução e passar toda a gente porque ninguém merece chumbar naquela porra quando, daqui a uns anos, os carros vão fazer tudo por nós e apoderar-se dos maléficos examinadores de condução.

acabou de acontecer uma coisa!

não, não estou grávida. também ainda não ganhei o euromilhões. e, concordo que seria bom, mas não passei subitamente a parecer ter a idade que tenho. o que aconteceu foi muito melhor do que isso: cruzei o olhar com o imperador do meu reino, de seu nome diogo clemente. aconteceu. e é como diz o outro: é nos momentos de decisão que o nosso destino é decidido - e eu acabei de ter uma boa consequência dentro de uma má decisão. era suposto ficar em casa a fazer um trabalho que tenho de entregar no domingo e ainda me falta meia vida para o acabar (olha só aqui a subtil justificação do porquê do meu blog andar a parecer um descampado em plutão) mas decidi ir ver o concerto da absurdamente talentosa sara correia. como castigo, fiquei eu, 1,59m de gente, atrás de um senhor com uns 40 metros de altura - no mínimo -, não contando com as suas tremendas costas direitas.

foi a apresentação do álbum da sara correia e, portanto, foi um concerto muito curtinho (ou, pelo menos, pareceu). descobri que já sei as músicas todas do álbum de cor - o que é um pouco doentio - e que ela as canta ainda melhor ao vivo. juro que fiquei embasbacada a pensar como é possível alguém cantar assim e só não caí estatelada no chão porque, lá está, tinha um poste de alta-tensão à frente para me amparar a queda. senhores, mas no momento em que eu estava a gravar tão prezada fadista neste exato vídeo que abaixo vos apresento, meus estimados discípulos, olhei por cima do telemóvel (que tem uma excelente qualidade de imagem) e lá estava ele, diogo clemente, meu rei, monarca e soberano, a olhar diretamente para mim. controlei-me para não causar má impressão ao meu futuro produtor musical (ele há-de saber que já está recrutado para esse cargo - é como diz outro também: o destino não erra) mas, por dentro, estava tão tombada que nem toda uma manada de postes de alta-tensão me seguravam.

sara correia - quando o fado passa

se ele vai adormecer a pensar nos 5 segundos em que olhou para mim? claro... que não. se ele ainda se lembra de mim e me vem falar na rua a dizer que eu estava linda e deslumbrante toda encolhida atrás de um sauroposeidon proteles humano enquanto tentava filmar às escondidas para que ninguém desse por mim? obviamente... que não. se ele quer fazer um álbum comigo? não sei, não preciso, nem pretendo saber porque é o que vai acontecer porque é o que eu quero. só um álbum. ou dois. ou três. uns quantos, ok? só para curar este meu coração que está feito um farrapo desconcertado, roto e miserável depois de estar a poucos passos daquele cérebro musical incrível que, por 5 segundos, teve a minha imagem (não muito boa mas é aquilo que a gente tem e funciona bem, meus queridos) como plano principal. vá, vou só ali à janela gritar de excitação. até já.

vou almoçar cuscus: é o prato do dia de todos os dias

olá, malta. sim, está tudo bem. ia agora começar a estudar porque só tenho aulas à tarde mas, a par da falta de vontade, lembrei-me que - woooow! - ainda tenho um blog. no fim-de-semana não estudei nada porque estive doente e agora parece que tenho um cosmo de matéria em atraso que nunca vou conseguir pôr em dia e, então, para ajudar à situação, decidi vir escrever um post. afinal isto de ter aulas à tarde não é nada bom para a saúde mental de uma pessoínha. no post passado (aqui), quando disse que estava muito feliz e tal e tal porque descobri que entrava mais tarde nas aulas... foi um erro! resultado: a aula era mesmo à hora que pensava inicialmente, a modos que cheguei 30 minutos atrasada. mas era a aula da professora por quem tenho uma mini-crush - e que é absurdamente parecida comigo, o que é absurdamente estranho! - e cheguei a arrasar e ela ainda se ri das minhas piadas e do meu não-jeito (que o meu esforço há-de combater, meus caros armígeros!) para a disciplina dela.

também espero que o meu esforço combata a minha falta de confiança para o exame de condução - que já está marcado. e não quero pensar nisso. mas, caso consiga passar no exame à primeira, fica aqui dito que, quando tiver 50 anos, vou candidatar-me a diretora da carris para ensinar todos os motoristas a principal regra de conduta: quando alguém entra no autocarro e diz "bom dia", é suposto dizer-se "bom dia". e só isso: nada mais, nada menos. eu, o ser mais simpático que consome oxigénio deste nosso bonito planeta, entro sempre no autocarro e digo "bom dia" ao motorista. não gosto quando não me respondem. mas pior do que não responder é dizerem "bom dia! tudo bem?". fiquei com vontade de passar uma multa ao motorista naquele exato momento por dizer o que não estava à espera e, pior que isso, não está no livro das normas de conduta da sociedade. agora vou responder a comentários, depois vou almoçar e meditar um pouco para ver se consigo ultrapassar este trauma. estou a brincar na parte de meditar: o meu cérebro é demasiado hiperativo para conseguir sobreviver a mais de 10 segundos de concentração.

pergunta do momento: levo lanche para a escola ou não?

se alguma outra pessoa disser que é a pessoa mais feliz do mundo neste momento, é mentira. essa pessoa sou eu e só eu. tudo porque descobri que entro nas aulas mais tarde do que pensava e, portanto, em vez de estar a correr para não perder o autocarro (que vai acabar por acontecer, inevitavelmente), estou a escrever este post, a comer cerelac e a ouvir música. mas depois tenho de ir fazer as camas e lavar a loiça, o que não me deixa assim tão bem. no entanto, posso dizer que esta semana já fui a pessoa mais feliz do mundo várias vezes:

  • no dia em que fui ver the nun ao cinema, passei pela guarda-redes do benfica, a dani neuhaus. sim, a mesma que eu disse que tinha uma crush neste post. mas foi demasiado inesperado e então foi todo um processo demasiado estranho: olhei para ela - percebi que era ela - ela olhou para mim - percebi ainda mais que que era ela e reagi assim:

ela deve ter achado demasiado estranho e continuou a olhar para mim - eu fiquei 
ainda mais surpresa e escandalizada e olhei para ela assim:

entretanto aquilo pareceram uns 10 minutos e devem ter sido 2 segundos. mas suponho
que ela tenha ficado traumatizada e esteja, neste momento, enquanto eu sou a pessoa
mais feliz do mundo, a fazer as malas para voltar para o brasil.

  • de tanto sol, os pelinhos dos meus braços estão loiros! é ou não é um bom motivo de felicidade para quem vive num país de primeiro mundo?
  • diogo clemente, kaiser dos kaisers, tem andado a partilhar muitos posts sobre uma fadista chamada sara correia. se a majestade manda, eu obedeço e fui ouvir o álbum dela e fiquei chocada e não oiço mais nada agora (a não ser rádio quando vou para a escola, os carros a passarem na minha janela e a minha mãe aos gritos comigo por não ter feito a cama). fui procurar mais informações sobre o álbum. produtor: diogo clemente. fechei a internet por ali para não dar mais em louca pela genialidade. óbvio que tinha de ser ele. senhoresssss!
  • encontrei isto no meio da rua e agora tenho-o pendurado no meu quarto como se fosse meu. não é. mas um dia vai ser. se não for na receção ao caloiro, é no madison square garden, não há problema.

sinto que tenho andado a fazer demasiados posts com pseudo-listas. e esta foi mais uma. sobre ser a pessoa mais feliz do mundo neste momento. o que agora já não é verdade porque - tan tan taaaaaan - já estou atrasada.

aurea, adota-me

a feira da luz, em carnide, termina hoje, portanto, está oficialmente declarado o fim do verão. e aqui ando eu nesta ambiguidade de não querer que o tempo passe - ou envelhecer, para ser mais precisa - e querer que o verão chegue o mais rápido possível para ir a mais concertos. ontem fui ao concerto da aurea. no ano passado já tinha ido vê-la à feira de são mateus, em viseu, e confirmo que ela continua a ser linda de, digamos, abotoar o paletó, e canta que se farta. este ano não cantou a minha música preferida (aqui, suas criaturas lindas) mas encontrei mais uma outra preferida (que, na verdade, toda a gente conhece mas só agora é que entrei realmente no espírito da música):


também não tinha os instrumentos de sopro - que são a coisinha mais reconfortante da galáxia - mas tinha um guitarrista que sentia as músicas como ninguém - mas só quando eu não estava a gravar. no entanto, consegui uma pequena (... íssima!) amostra da situação:


falando de outros assuntos: uma meta que alcancei mas falhei ao mesmo tempo foi a de ver, pelo menos, 3 filmes por semana. até agora vi:

o objetivo desta meta era obrigar-me a começar a ver mais filmes mas daqui tiro a conclusão que não nasci para isto e o ludo club, o jogo, puxa sempre mais por mim. mas ainda tenho esperança porque dizem que são necessários 25 dias para se começar um hábito. por outro lado, é bom, porque qualquer dia posso-me candidatar a avaliar filmes e torno-me num manuel moura dos santos do cinema atual. 

eu daqui a 2 semanas: odeio a minha turma, odeio os meus professores, odeio os crocodilos da nova zelândia

hoje é quinta-feira, que é o equivalente a dizer que já estou de fim-de-semana porque não tenho aulas às sextas. no entanto, estou com aquilo a que chamo "sono de sexta-feira" (acabei de inventar), que é assim uma mistura de, obviamente, sono com felicidade de fim-de-semana. na verdade, não é a felicidade, é o relaxamento de fim-de-semana - coitados de nós se só fossemos felizes durante 1 dia e meio da semana (porque a metade do domingo já tem o humor de segunda-feira). portanto, agora, feita metade de sangue-metade de sono só penso no (ainda? sim, ainda) choque por ter visto o diogo clemente (que falei aqui), que estou com sede e que o computador está a ficar sem bateria mas vou fazer um resumo da 1ª semana de aulas à mesma:

  • a minha turma agora está reduzida a umas 15 pessoas (maioria delas novas) e é a coisa mais bem comportadinha, querida e lindinha que já vi na minha vida. quando chegar o inverno, vou levar-lhes mantas e chás quentes com biscoitos para ter a certeza que não passam frio.
  • quando os meus professores morrerem, vou dar-lhes um cremezito de embalsamento para os manter em perfeito estado no meu paraíso. é tão bom ter professores tão criativos e que nos inspiram tanto. senhores do céu, agradecida por ter tido a excelente ideia de sair daquele inferno de curso em que estava e ter vindo para este.
  • 1ª semana de aulas e já estivemos a analisar bossa nova e rap numa aula.
  • a disciplina com que estava com mais medo, afinal não parece ser assim tão difícil (previsão para o mês de janeiro: chumbei à disciplina - quero colocar aqui um "lol" mas fica mal).
  • no entanto, este semestre vai ser um desafio porque vamos ter muitos trabalhos e muitos deles relacionados com coisas que gosto muito, pelo que vai dar para perceber se tenho jeito ou se tenho de me esforçar para o passar a ter.
  • bronzeei-me mais rapidamente durante esta semana do que no resto do verão todo. 
  • uma das tais 15 pessoas da minha turma é o meu príncipe das arábias (um dos, vá) que era de outra turma e que eu contemplava sempre que o via passar. no entanto, agora posso passar as aulas a contemplar. (ps: se os meus pais, os meus professores ou algum dos meus colegas ver este ponto, vamos ignorar e fingir que nunca disse isto).
  • comi uma comida demasiado estranha (dramas de quem não come carne) na escola e pensei, seriamente, que ia ter a maior intoxicação alimentar que o universo já teria presenciado. não aconteceu. mais uma vez, obrigada, senhores do céu.
  • entrei na sala de aula. sentei-me. coloquei a minha mochila em cima das pernas. comecei a ficar com as pernas todas molhadas. o cantil estava aberto, claro - e ainda de manhã o meu pai me tinha dito que ia acabar por acontecer! tirei logo as coisas da mochila - telemóvel, fones, cadernos, estojo. tudo molhado, coisa linda! meti tudo à janela da sala, estendido ao sol - as vantagens dos parapeitos -, e ficou tudo bem (exceto o caderno que tem menos de 1 semana e já tem marcas de guerra - mas se ele escolheu ser meu, já devia estar a contar com estes disparates!).

por fim, deixo aqui um vídeo da minha gata a ser perfeita (e o meu irmão a estragar toda a educação que lhe dou e a água a escorrer para o nada e eu, a louca pela minha gata e pelo ambiente, a dar ainda mais em louca por tudo isto):

pergunta para 1 milhão: sobre quem falo mais no blog - nelson évora ou diogo clemente?

acordei às 7h58. neste momento é exatamente uma hora depois de ter acordado e já escrevi um post mas guardei-o para depois porque senti que estava a ficar grande demais e com demasiados outros assuntos que iam tirar a atenção que isto merece: ontem fui ao concerto da carolina deslandes e estive no mesmo recinto, respirei o mesmo ar e ouvi os mesmos sons ao mesmo tempo que o diogo clemente

eu, naquele momento, por fora:

eu, naquele momento, por dentro:

sim, o vasco da gama descobriu o caminho marítimo para a índia, o fado é lindo e portugal foi campeão europeu. mas o que mais me dá taquicardia é que portugal também tem o diogo clemente, rei dos reis, imperador dos imperadores, soberano dos soberanos, e ontem ele estava ali, tão sereno, tão tranquilo, tão queridinho, a metros de mim. será que o mundo tem a noção do quanto quero ouvir todas as músicas que ele já fez na vida, saber as ideias dele e fazer todo um álbum com ele? será que eu própria tenho a noção disso? senhores, se isso nunca acontecer na vida, a par do meu guiness de ossos mais salientes do mundo, é porque não vim a este mundo fazer mesmo nada. é que nunca encontrei ninguém cujo estilo musical cruzasse (e casasse, também) tão bem com o meu e, então, fico louca. escusado será dizer que passei todo o tempo do concerto a memorizar a cara do meu futuro produtor, não vá eu esquecer-me algum dia e depois não há álbum e eu fico triste e nem para o guiness tenho motivação e o mundo acaba. para me facilitar a vida, gravei um vídeo no meu telefone topo de gama 5 segundos depois de perceber que, de um perímetro de 40 075 km de equador, o destino decidiu unir-nos a uns 20 metros.

carolina deslandes a tapar o seu marido enquanto eu o filmava porque, com 
certeza, percebeu o meu grau de - chamemos-lhe - hibridismo.

só aqui mais uma prova que o meu telefone é completamente topo de gama, e entende-se perfeitamente que isto é a carolina deslandes a 20 cm de mim e não imagens da endoscopia a um tubarão:

evidentemente que preciso de mais gente no meu canal do youtube para 
conseguir dinheiro para comprar um telefone em vez de uma batata.

ah, calma lá que afinal houve um momento em que não estive só a decorar a cara dele (acabei de atingir o nível máximo de ser humano assustador ao dizer isto). estive muito atenta a uma determinada música: a que foi composta por ele - e que merece muito mais destaque do que qualquer outra música do mundo, incluindo o canto das sereias, porque é muito lindinha e a minha preferida do álbum da carolina deslandes, mesmo antes de saber que tinha sido ele a fazê-la (a isto se chama amor verdadeiro).

maria cabeça de vento - carolina deslandes

e pronto, agora vou chorar um bocado como chorei no concerto por estar ali o diogo clemente, vou finalmente tomar o pequeno-almoço, chorar mais um bocadinho, vou estudar guitarra, chorar só mais um pouco, fazer música e, por fim, chorar à séria porque amanhã já começo as aulas.

update das 10h39: entretanto não publiquei este post e já chorei mais um bocadinho, já tomei o pequeno-almoço (chá de mentol com tarte de côco - uma maravilha!), apanhei e dobrei a roupa toda, fiz as camas e arrumei o armário todo. e, claro, voltei a ler o post para ver se passava realmente o meu fascínio em torno deste ser humano. não passa. mas fica a ideia. agora vou chorar só mais um pouco. especialmente por ele não ter ideia da minha existência.

mereço um passe vitalício grátis

estou a escrever um poema
sobre os lindos autocarros
é com um grande problema
com que agora me esbarro

sempre atrasados na hora
uma pessoa quase falece
sempre que espero, demora
sempre que não preciso, aparece

trago sempre um casaco, montes de comida e apoios à sobrevivência, 
não vá ter de passar o mês ou o ano à espera do autocarro

aqui fica uma fotografia
enquanto esperava por si
já passaram 100 dias
desde que o último passou por aqui

dei por mim a plantar milho
dei por mim a fazer pão
de tanta espera, tive um filho
e qualquer dia, estou no caixão

se eu não tenho bilhete, quase morro
se eles demoram, nada acontece
só venho aqui pedir socorro
a ver se o problema desaparece

só para mostrar o bronze e a pulseira velhíssima da união zoófila
pode-se comprar outros artigos para ajudar aqui

no entanto, há coisas boas
não chamem já o 112
com tanta espera, até enjoas
mas eu já ganhei um bronze

também aprendi a lição
nada acontece à toa
o autocarro não é mais uma opção
vou começar a ir de canoa (ganho bronze à mesma)

alguém me vá buscar palmiers, quero comer palmiers

desde que cheguei de férias, voltei às aulas de condução. tenho estado a adorar tanto, mas tanto, mas tanto, que só quero que aquilo acabe o mais depressa possível (inserir sorrisinho irónico) - mas que o fim desta novela seja eu com a minha carta de condução já parida nas mãos, é claro. como a distração é mais poderosa do que qualquer dos meus outros sentidos, decidi que ia estar sempre calada e concentrada na aula de condução mas depois dou por mim a pensar se iria ganhar se me inscrevesse num reality show, no que teria sido se tivesse nascido há 1000 anos atrás, entre outras coisas que - lá no fundo - são bastante importantes para a sociedade. mas hoje dei por mim a pensar na mais importante delas todas: toda a gente sabe que os brasileiros e os portugueses falam a mesma língua e, então, faço aqui um apelo para que dizer "falar brasileiro" se torne num consenso global e que quem comece a reclamar que não existe "falar brasileiro" mas sim "com sotaque brasileiro" tenha de escrever 1 milhão de vezes num caderno que se pode dizer "falar brasileiro" porque todos sabemos ao que nos estamos a referir. é uma coisa básica. nos testes, também toda a gente escreve "etc." em vez de "e mais outras coisas que não me lembro agora mas sei que existem e então vou pôr aqui este etc. para mostrar que sei que há mais coisas para além disto" e ninguém reclama.

não sei se é por causa destes pensamentos tão brilhantes durante a aula de condução mas acabo-a sempre com dores nas costas. e o pior é que depois apanho o autocarro para voltar e continuo a sofrer porque os bancos fazem questão de se enfiar pelos meus ossos adentro. se não ganho o guiness de ossos mais salientes do mundo, não vim a este mundo fazer nada. e é por isto, senhores, que chego a casa e deito-me na cama a escrever este tipo de posts enquanto oiço o álbum do janeiro e, a partir de agora, vou começar a habituar-me a ver filmes. instalei o popcorn time e a minha meta agora é ver, pelo menos, 3 filmes por semana. durante o tempo de aulas tenho 3h e 4h de intervalo e, então, vou aproveitar esse tempo para ver filmes (enquanto não começam os demoníacos trabalhos de grupo - já transpiro sangue e órgãos só de pensar!). ontem comecei a minha missão e, meu deus, cometi o maior erro da minha vida: finalmente, aos 21 anos, decidi ver harry potter pela primeira vez. vi o 1º filme. em 2h30 de filme, só me deu vontade de dormir 1 vez e meia, o que é um excelente sinal. hoje vou ver o 2º filme - o que seria bom, se eu não tivesse já começado a fazer piadas no meu dia-a-dia que só quem viu harry potter entende. por este caminho, sim, o meu medo é real: se alguma primark deste país (ou todas) ficar com os produtos de harry potter esgotados, a culpada fui eu. e é isto. não tenho mais nada a acrescentar.

mais uma lição: a música "erro" do diogo piçarra é demasiado dope

olá. fiz um vlog (que se pode ver aqui) em que aparece o diogo piçarra a provar que, ou é jesus, ou tem um intenso vínculo com jesus, porque, mais do que andar por cima de água, nada em cima de pessoas. só por isso é que vale a pena ver, obviamente. tirando isso, hoje estou aqui em direto para falar de 4 coisas que aprendi nestas férias e em tudo o que vieram com elas (e não estou a falar das alergias que apanhei, nem da queimadura que ainda me dói e não me deixa pousar o braço em cima da mesa às refeições - é agora que aprendo a ter uma postura decente!):

1. viver no momento. claro que sempre soube que o que importa é viver no momento mas o clique deu-se no dia em que acordei demasiado cedo, liguei o telemóvel para jogar e a primeira coisa que vi foi que a claire wineland, uma youtuber que admirava (e admiro, porra!) muito, tinha morrido depois de uns problemas que surgiram a seguir ao transplante pulmonar que tinha corrido bem. ela era incrível e vou-me sempre lembrar dela! a partir desse dia, até a imensa chuva que apanhámos na feira de são mateus soube bem. como se vê no vlog que fiz (isto foi um bom golpe de publicidade do vlog! acho que vou virar publicitária!), fizemos uns cartazes (pequeninos que há de haver respeito por quem está atrás) para o diogo piçarra e se, noutras alturas, poderia passar o concerto todo ansiosa para que ele os visse e não pensar em mais nada, naquele momento, aproveitei o concerto e só levantei os cartazes durante 3 minutos, no máximo - mas ele viu, fez cara de assustado e é maravilhoso. estamos vivos! wow! vamos aproveitar os concertos e o cheiro das flores e o ar puro da serra da estrela e pagar os impostos com boa vontade (ok, isto não...).

2. não ter medo de ser quem sou. na verdade, sempre fui tão eu própria que, por vezes, as coisas ficam estranhas porque ajo de forma demasiado natural, com todas as estranhezas de típicos seres humanos, em momentos em que é suposto fingir-se que nunca tiramos macacos do nariz, que não comemos nada com as mãos e que não ficamos nervosos com nada. mas, tirando isso, sempre tive muita falta de confiança sobre a minha aparência e, pouco a pouco, estou a conseguir deixar isso para trás. foi por isto que, para fazer um vlog (lu, a publicitária - parte infinita) e postá-lo, foi uma loucura. a próxima loucura a ser cometida é ter coragem de aparecer mais vezes. no fim do dia e da vida, as pessoas vão-se lembrar mais de como éramos interiormente e como as fazíamos sentir e é nisso que nos temos de focar e melhorar todos os dias.

3. nem todas as farturas são boas. adoro farturas tanto quanto gosto do anel de noivado que o nelson évora me vai dar. nestas férias provei farturas de 2 sítios diferentes. conclusão: apanhei um desgosto porque pensava que todas as farturas do mundo eram deliciosas só por serem farturas e... as 2 eram más. uma delas sabia a abóbora - o que não é mau, mas não numa fartura. e a outra tinha demasiada massa por cm². já agora: comecei agora um auto-desafio em que provo pastéis de nata em sítios que me apetece prová-los. infelizmente, acho que sou a única pessoa do mundo que não gosta muito de pastéis de belém - o que é uma tristeza porque nasci em belém e não estou a ser citadinamente patriota o suficiente e mereço um castigo como, por exemplo, oferecerem-me 5874729 caixas de pastéis de belém (eu gosto da parte exterior, não ia ficar assim tão mal). porém, os meus pastéis de nata preferidos são da manteigaria (time out market, lisboa) e da fábrica da nata (rua augusta, lisboa).

4. andar sempre com o cartão de cidadão. ninguém acredita que tenho 21 anos e eu não me importo nada com isso. mas, nas férias, fui trocar uma raspadinha que tinha prémio por outra e a senhora perguntou a idade porque não podia jogar com menos de 18 anos. sim, aconteceu. eu ri-me e acho que ela desconfiou quando eu disse que tinha 21 - e eu não tinha o cartão de cidadão. qualquer dia até me perguntam a idade quando for à mercearia comprar uvas, não vá eu querer juntar-lhes álcool para fazer vinho. mas a vida segue em frente até ao dia em que for mesmo preciso ter o cartão de cidadão e ele ter ficado a dormir em casa, como sempre, juntamente com o telemóvel e todos os outros acessórios essenciais que as pessoas normalmente levam para a rua. 

vou beijar, vou dançar, vou-me esconder em casa para sempreeeee, para sempreeeeee

vim de férias. ainda estou naquela fase de prostração pós-férias e, graças a isso, já aconteceram algumas coisas:

  • os meus pais acham que ainda não é a altura ideal para arranjarmos uns quantos jovens airosos para limparem a casa de tanga e, quando voltámos para lisboa, tive de contribuir na limpeza e... queimei-me da maneira mais parva possível: esqueci-me que tinha o almoço a fazer e, enquanto aspirava, bati com o braço na cloche e fez-se chocapic com o meu braço e agora tenho uma atraente queimadura (que está mais nojenta que atraente). 
  • a queimadura está no exato sítio do exato braço em que ia fazer a tatuagem a dizer "bad bitch" de que falei neste post. parece que o destino não me quer deixar cometer excentricidades. 
  • já tive mais 2 aulas de condução. continuo a pensar que só vou saber conduzir com 10000 aulas. no entanto, hoje estive no meio do trânsito e não tive nenhum acidente.
durante as férias, também aconteceram coisas giras:
  • tive coragem para dormir sozinha num quarto que julguei assombrado durante uma semana.
  • fui para a fila do concerto do diogo piçarra super cedo para ficar à frente e fiz 8 amigos novos. muito fixes. eles foram aos autógrafos no fim do concerto mas eu e os meus primos tivemos que ir embora. porém, temos agora um grupo de conversa no instagram. com o diogo piçarra. estou aos berros, sim!
  • quis casar-me com os dançarinos do diogo piçarra (novidades? nenhuma). ainda por cima são gémeos, dá muito jeito.
não me lembro de mais nada porque estou cheia de sono. ou porque estou exasperada (ou desesperada, não sei qual é o pior mas é suposto escolher o que o seja) porque acabei de colocar um vlog das minhas férias no youtube. claro que podia estar muito melhor se eu não tivesse vergonha de aparecer e interagir (e aqui podemos valorizar a minha capacidade de fingir ser confiante nas pequenas partes em que até apareço) e, principalmente, se não me esquecesse que a câmara existe. mas continuando: o vlog está AQUIIIIIIIII e demorei 3 mil anos a editá-lo, mereço um prémio - aceito um kiss dos dançarinos do piçarra (e um gosto, comentário e subscrição no meu canal no youtube). não me responsabilizo por danos causados.

eu quero a vida pacata que acata a batata da lata da pata do pirata do astronauta que cai da cascata

este é o meu post de despedida antes de ir de férias durante muuuuuito tempo - que é como quem diz, 1 semana - e, portanto, vai (ou eu pretendo que seja) ser o post mais curto - e, por consequência, o melhor porque não é o testamento habitual. mas também vim aqui dizer que esta semana aconteceram 3 coisas que eu não estava à espera que acontecessem assim tão brevemente:

  • decidi, à última hora, ir assistir ao jogo de apresentação da equipa de futebol feminina do benfica e fui. a minha família costuma ir assistir aos jogos mas a claque dá-me suores frios, tonturas, sensações de desmaios e de morte a aproximar-se, então, a última vez que fui ver um jogo ao estádio estava mais em forma de espermatozóide do que de pessoa - e o benfica empatou com o leiria, não foi a mais maravilhosa experiência. mas no outro dia fui mesmo ver o jogo - até porque era grátis -, estive sempre atenta e apaixonei-me durante 5 minutos pela guarda-redes do benfica. 
  • fui ver um concerto do miguel araújo e do antónio zambujo. senhores, o que pedi aos céus, às árvores, aos oceanos para que me concedessem um concerto deles. e aconteceu. e foi lindo e incrível e maravilhoso. fui cedo - por volta das 18h - porque queria ficar à frente e mesmo assim fiquei na 5ª ou na 6ª fila, o que não foi assim tão bom. mas foi bom à mesma. e agora estou a pedir aos céus, às árvores e aos oceanos - já vi que dá resultados, tenho de aproveitar - para que me concedam o desejo de fazer uma música com eles.
recantiga do miguel araújo, a ser cantada pelo antónio zambujo.
arrepiei-me da pele mais dura dos meus calcanhares não esfoliados até aos pêlos que a esteticista já mandou para o lixo (errou! se tivesse guardado para vender no olx daqui a uns anos ia acabar por ficar rica) nesta parte porque é a minha música preferida do miguel araújo e quero-me casar com ela, se for possível.

  • assisti a um concerto com o presidente da república mais fofo do mundo, o marcelo rebelo de sousa. ok, não assisti ao lado dele mas estávamos no mesmo recinto e, como durante um concerto, estamos todos juntos pelo mesmo e a receber a mesma energia - eu a inventar teorias que o justifiquem -, posso dizer que assisti "com" ele. o concerto do miguel araújo e do antónio zambujo foi no palácio de belém - a minha casa quando eu tiver 35 anos, for presidente da república e proibir as pessoas de comerem e explorarem animais - e foi lá que tudo isto aconteceu. e fico-me por aqui porque estou aos gritos mas com a conclusão certeira que sou a pessoa com quem o marcelinho fofo já esteve mais vezes - tirando os pais deles, os amigos dele, os seguranças dele, os vizinhos dele e... toda a gente, ao fim e ao cabo.

e pronto, se eu entretanto falecer nas férias, podem dizer no meu funeral que fui feliz na minha última semana de vida. e mais digo: se falecer mesmo, vou conseguir apanhar wi-fi no inferno e vou andar a ver quem não subscreve e não partilha o meu canal no youtube (aqui) e vou assombrar essas pessoas à noite com cócegas nos pés. no entanto, se estiver viva quando voltar, talvez haja vlog das férias no meu canal.

muito obrigada.
cumprimentos formais de mim própria,
melhor amiga de marcelo rebelo de sousa.

mão (sexy) de vaca, unha (sexy) de fome. sou uma forreta... mas sexy, senhores.

ah e tal que só gasto dinheiro quando o rei faz anos - e ele fá-los a 31 de fevereiro. ah e tal que o meu dinheiro vai todo para instrumentos musicais e coisas que tais. ah e tal que o silva é um gato - ok, esta parte é verdade. ah e tal que a última coisa (legal) em que gastaria dinheiro seria roupa. definido, correto e averiguado. nem é por isso que agora, cada vez que encontro alguma camisola relacionada com extraterrestres ou com o espaço, sou obrigada a comprar - sim, porque eu não a compro por vontade própria, claro que é alguém que me ameaça com um facarrão daqueles de cortar pão e diz "ou esta camisola de criança ou fico-te com o nelson évora". e tenho de acabar por fazer esse sacrifício porque não posso prescindir do nelson évora. e com isto quero dizer que hoje comprei mais uma camisola que denuncia quem sou: um extraterrestre ou uma jovem adulta com um agudo síndrome de peter pan demasiado evidente e em estado bastante avançado, eis a questão. na verdade, queria uma camisola de dinossauros só que o meu pai começou-me a desconsiderar por ser mais uma camisola da parte de criança rapaz que iria comprar. e pronto, assim cheguei à conclusão que se calhar é melhor não me tornar numa blogger de moda porque o meu público-alvo ainda nem sequer sabe ler. 

e, não queria dizer mas... comprei mais uma coisa... que não foi 1€ como a camisola (eu sinto-me mal mesmo só dando 1€, ok? 1€ dá para comprar quase 3 chupa-chupas de coca-cola - se quem me atender me deixar levar os 3 mesmo faltando 0,05€). pronto, ganhei coragem e aqui vai: comprei uma máquina de filmar. mas eu passei a todas as disciplinas deste ano letivo e passei também no exame de código com 0 respostas erradas (muito importante frisar), portanto, mereço: é esta a minha desculpa para não me sentir mal por ter gasto dinheiro. eu nunca tive uma câmara e queria muito ter uma câmara para ser feliz com a câmara e fazer vídeos giros com a câmara, incluindo certos e determinados videoclips (que se pode ver aqui) que não tenham aquela qualidade de batata assada com óregãos fora da data de validade. eu andei à procura de máquinas no olx e em todos esses sites em que as coisas acabam por ser mais baratas mas ou eram muito velhas e não tinham o formato de vídeo que quero, ou eram tão baratas que desconfiava, ou diziam ter tantos defeitos na descrição que mais valia chamarem-na de pinguim do ártico do que de máquina de filmar. e foi assim que acabei a comprar uma nova. não é a melhor máquina do mundo (até porque foi a mais barata que encontrei) mas já fiz aquilo a que chamei "o melhor vídeo do universo" com ela e ficou tal e qual o nome indica. ah, e mais informo que foi o videoclip d'a cor é rosa que me ameaçou com o tal facarrão de cortar o pão para comprar a máquina. 


é ou não é impossível tentar combater o inimigo que nos influencia, quando o tal inimigo é esta coisinha linda? e, aceito, talvez o vídeo que fiz seja "o 2º melhor vídeo do universo" e este o primeiro. ou será que faço um vlog nas férias (a inteligente que só vai de férias em setembro) e coloco no youtube para tentar restituir o meu lugar no pódio? e sim, isto é uma pergunta séria. estou séria neste momento. pronta para esfaquear quem não me responder à questão com espadas de aniquilar pão.

número de vezes que um peixe-aranha foi atrevido e me picou este ano: 0

como tinha bilhetes mais baratos, fui ao cinema ver mentes poderosas (trailer aqui). escolhi-o só porque o nome até era interessante, não vi o trailer e, por isso, assustava-me ao mínimo som mais forte porque não estava preparada para as coisas que iam acontecer. e aqui vai um grande feito na minha vida: pela primeira vez na vida, sem contar com o filme do E.T. e à procura de nemo que são obviamente visivelmente declaradamente manifestamente perfeitamente perfeitos, não adormeci no cinema. não entendo muito de filmes e, então, avalio-os conforme a minha vontade de dormir e, sendo assim, este filme é bom. se bem que, conforme as avaliações, o imdb não partilha da mesma opinião. se calhar, não adormeci por sorte. no entanto, vou aproveitar a onda de pouco sono para, um dia destes, fazer uma maratona de filmes do harry potter, mas confesso que estou com um bocado de medo de me tornar uma daquelas pessoas loucas pelo harry potter: começar a andar com varinhas mágicas, frustar-me por não conseguir fazer uma vassoura levantar voo, não sair de casa sem vestir uma capa preta e chegar ao último estádio de loucura e comprar toda a merchandise de harry potter da primark. 

por outro lado, também corro o (bom) risco de ganhar poderes. vamos manter aqui um segredo... eu sei que é difícil acreditar mas... depois de ver o filme mentes poderosas fiquei com poderes. claro que podia também ter ficado com o poder da psicocinese, o fogo ou o controlo da mente mas isso é muito básico para a estimada princesa que sou e, então, o meu poder é: não apanhar escaldões mesmo não tendo colocado protetor solar e ficando muito tempo ao sol. e mais: não sei se é por continuar a comer cenouras a todas as refeições mas, em 3 dias de praia, estou um pouco mais escurinha e já não tenho de ter cuidado para não ofuscar os olhos das pessoas com o brilho da branquidão da minha pele. claro que é também preciso saber controlar o meu poder (um dia destes dou um workshop) e, como ainda estou numa fase inicial, às vezes corre mal. no outro dia fui à praia de manhã, tomei banho mal cheguei a casa e, horas mais tarde, quis o belzebu que fosse quando estava sozinha, apareceu-me uma comichão insuportável nas costas e nos ombros: a certa altura tive de coçar as costas em toalhas ásperas e em tapetes, já tinha as costas quase em sangue de tanto coçar, já chorava desesperada e mandei-me para dentro do duche, de calções, a molhar as costas com água fria. passava durante uns segundos e depois voltava. sim, foi horrível - com todos os significados maus que a palavra carrega em si. no entanto, pior do que isto, é ter ficado com a marca de uma mão marcada no peito porque adormeci assim ao sol. e assim declaro que vou andar o resto do verão de gola alta. pelo menos até ao dia em que decidir que também vou lançar a tendência de ter marcas de mãos no meio do peito e, claro, ser um sucesso - tal como estão a começar a ser os sapatos de água que, para além de serem de uma beleza digna de estrela na calçada da fama, são bastante eficientes contra as picadas de peixe-aranha. e, sim, isto sou eu a fazer render o peixe (ou os sapatos, vá) para não ser a única pessoa (supostamente) ridícula a ir de sapatos para a água.

all i do is win win win (depois de quase morrer com um ataque dos órgãos todos)

dormi bem à noite - apesar de ter dormido na sala porque a minha gata estava a ocupar a minha cama toda e a rainha pode dormir onde quiser e, portanto, fui eu que tive de mudar de sítio - e tomei o mesmo pequeno-almoço de todos os dias mas, mesmo sendo 14h26 neste momento, já só me apetece ir dormir porque esta manhã valeu por todos os anos de vida que me faltam. que não hão-de ser muitos. e porquê? porque estou a mais um passo de morrer, que é como quem diz: passei hoje no exame de código com 0 erradas (é importante frisar). sim, revi o exame 293892 vezes, experienciei o que quer dizer "sentir o coração a saltar pela boca", quase ia desmaiando com os nervos, mas o milagre (resultante do esforço, porra) aconteceu. neste caso, assumi-me como tendo toda a legitimidade do mundo para dar dicas de como passar no exame de código (mais dentro do tal ditado "façam o que eu digo, não façam o que eu faço"):
  1. as aulas de código são uma seca mortífera mas tem de se aproveitá-las, estando atento e tirando apontamentos. depois de ter todas as aulas assinadas, teimei em não ir a mais aulas porque a escola ainda é um bocadinho longe de minha casa (ou sou só eu que sou preguiçosa) e porque aborrecia-me mas estudava muito em casa.
  2. ler o livro de código pelo menos uma vez - que foi uma coisa que só decidi fazer na véspera e concluir a 20 minutos do início do exame. mas sim, é importante, e é importante fazer resumos do que se tem mais dificuldade em decorar (no meu caso, as velocidades e as luzes).
  3. fazer muitos muitos muitos testes. existem alguns sites em que se pode fazer testes mas, para mim, o melhor é bom condutor porque tem uma biblioteca com toda a matéria, tem a explicação de todas as perguntas e respostas (o que é excelente porque percebemos porque erramos uma certa pergunta em vez de só saber se erramos ou acertamos) e, caso se faça login, tem um "índice de bom condutor" que, à medida que vamos fazendo os testes, ajuda-nos a perceber quando começamos a estar preparados para fazer o exame. como sou a pessoa com menos confiança no mundo, dei em louca e fiz todas as questões existentes no site, o que foi o mais inteligente que fiz na vida, porque a maioria das perguntas que me apareceram no exame, já tinha feito no site.
  4. depois de dizer quantas perguntas erramos, mesmo que tenhamos acertado todas, é bom rever o teste todo para consolidarmos mesmo bem todas as questões.
o melhor desta situação é que já me sinto permitida a usar outros sites no meu computador sem ser o de testes de código. o pior desta situação é que - que todos os deuses do mundo me salvem por esta ideia estúpida - prometi que ia fazer uma tatuagem a dizer "bad bitch" caso passasse no exame de código com 0 erradas. bad bitch não em termos de ser má com as outras pessoas mas em termos de confiança, para me lembrar que tenho de ser confiante da maneira mais árdua possível. claro que podia deixar passar a situação mas já o tinha prometido antes e não cumpri: prometi que a ia fazer se tivesse 20 num teste de pós-produção de áudio, o que aconteceu e não fiz a tatuagem; prometi que a ia fazer se tivesse a melhor nota da turma numa disciplina de matemática, o que aconteceu e também não fiz. sinto que é um sinal do universo a obrigar-me a fazê-la e, como dizem que à terceira é de vez e talvez tenham razão, quem sabe se um dia destes não faço por passar uma vergonha no dia em que morrer, quando os senhores da agência funerária estiverem a vestir-me para ir para o panteão nacional e encontrarem uma tatuagem a dizer "bad bitch". sim, porque eu vou mesmo para panteão. nem que seja por - não sei se já disse (se calhar é melhor também tatuar isto na testa), mas - passei no exame de código com 0 erradas - embora o mais provável seja ainda ter pesadelos que chumbei esta noite, o que acaba por não oficializar a situação.

já dizia um grande poeta chamado tony carreira: "se me vais deixar, leva-me contigo"

quando digo que lanço notáveis tendências da moda, estou mesmo a falar a sério. quando vi que andavam a vender camisolas da nasa, o meu lado de astronauta assassinou o meu lado forreta e comprei sem sequer ter tempo para pensar muito nisso. os meus amigos, também conhecidos como os meus maiores haters, aproveitaram-se da situação para poderem - chamemos-lhe - gracejar por comprar roupa na parte de rapaz criança. se na altura não fiquei nem 0,13% atormentada, agora muito menos: soube pelos meus tais amiguinhos que essas camisolas agora são moda e que há montes de gente (que não são suposto andar na parte da roupa de rapaz criança) a espalhar o seu charme com elas vestidas. como sou super humilde, não ia admitir mas pronto, já que insistem, sim, fui eu que propaguei a moda. e deixo já aqui qual será a próxima tendência a ser lançada para os meus mais dedicados fãs: sapatos de água. de todos os meus defeitos e coisas que já fiz de mal na vida, nenhum diz na bíblia que mereço ser picada por um peixe-aranha e, por isso, comecei a utilizar sapatos de água sempre que vou à praia. claro que podia usar crocs mas já estamos em toda uma nova era do mundo da alta-costura e, portanto, tive de inovar na tendência. e digo mais: se houver alguém a queixar-se, começo a levar fato de mergulho também, não haja alguma alforreca com alguma necessidade especial. 

uma das grandes vantagens desta nova moda é que parece atrair todo um conjunto de espécies arrebatadoramente galantes em volta - com uma certa prudência, claro, não podem vir todos juntos porque tenho uma enorme habilidade para me apaixonar por toda a gente e não convém (pelo menos, enquanto estiverem todos juntos). atrevo-me até a afirmar que vivi uma verdadeira história de amor proibido (ou desinteressado, talvez), qual pedro e inês. quando estava a entrar na água, 9h da manhã - que é quando os verdadeiros amores brotam -, vislumbrei a personificação do estereótipo de concorrente de reality show a metros suficientes para que só a visão daqueles músculos fizessem de mim um naufrágio mas, com a quantidade de óleo espalhada naquele corpito de hulk aos fins-de-semana, conseguir voltar à tona. o problema é que eu estou mais perto de ser o estereótipo de criança de 4 anos no meio de um consultório do dentista à procura de um javali do que de qualquer outra coisa e, portanto, fui ignorada pelo possível amor da minha vida.

não sei se o problema foi dos sapatos de água - ele poderia estar a levá-los como um empecilho porque, com certeza, estava a fazer planos para me salvar de um possível ataque de peixe-aranha e, com a minha arma letal, isso não seria possível -, ou de por dar por mim a dormir toda torta, meia dentro-meia fora de uma cadeira de praia, enrolada a uma toalha do mc donalds (será que ele não pensou nos dates românticos que poderíamos ter neste restaurante internacionalmente reconhecido?). a verdade é que quando tive um ataque de espirros, ele olhou... em volta para ver de onde era o som mas como verdadeiro estereótipo de concorrente de reality show, nem comigo mesmo ali ao lado a dar todo um espetro de som quase a atingir os ultra-sons só para ver se ele reparava em mim, ele não percebeu que era eu e acho que acabou por sair da praia sem saber da minha existência. porém, não vou desistir deste profundo amor e vou voltar à praia para o encontrar. um dia destes. quiçá. não sei quando. possivelmente quando desaparecer o escaldão que só está em metade da minha cara devido à forma estranha de dormir na cadeira de praia. ou talvez isso também vire tendência da moda.

a depilação é um conto de fadas da disney

olá, seres humanos bonitos. a minha fase de caranguejo a descongelar estava com dificuldades a passar, porém, ao saber que o nelson évora sagrou-se hoje campeão europeu de triplo salto, derreti o que faltava só para poder fazer a lista oficial de grandes feitos do nelson évora:
  1. ter casado comigo;
  2. ter nascido;
  3. ser... como digamos... bem acabadito, apuradito, magnífico;
  4. ser campeão europeu de triplo salto.
seja dito de passagem que eu pensei mesmo que já tinha morrido porque, desde o último post, aconteceram coisas estranhamente boas, fora do mundo normal dos terráqueos. no entanto, quando hoje o meu marido nenézinho me ligou a dizer "oi, amor. sou campeão europeu", claro que percebi que estava no mundo real porque, apesar de ninguém saber, porque gostamos de manter a nossa relação privada, estamos constantemente em contato um com o outro, sempre a mandar fotografias e vídeos românticos, ele costuma escrever-me enormes testamentos a dizer o quanto me ama. enfim, um dia também hão-de encontrar alguém que vos ame tanto assim.

mas sim, é verdade, eu pensava mesmo que tinha morrido e que tinha aterrado no paraíso. tudo isto porque, como disse no último post, fui à depilação, o que é sempre um momento não muito feliz para mim (apesar de gostar mesmo da esteticista), porque estar em frente a alguém com os meus tímidos pêlos descortinados prestes a serem impetuosamente arrebatados não é o meu hobbie preferido. porém, desta vez tudo correu estranhamente melhor:
  • antes de ir à depilação, fui ao supermercado e, senhores, as batatas camponesas estavam com um bruto desconto e comprei todas as que restavam (que eram poucas, infelizmente, porque, se pudesse, tinha comprado o stock inteiro). lado mau disto: de todas as que comprei, já só me resta meio pacote.
  • a depilação não me doeu. a senhora dizia "agora vai doer um bocadinho", o que despertava logo o diabinho do meu ombro que puxava pelo meu lado de aflição por antecedência e começava a pensar que ia acabar a sair dali sem perna ou que a senhora ia ter de fazer tanta força que, com a rapidez, a mão dela ia saltar e a banda de cera ia parar ao meu olho e depois ia ter de arrancar o olho e morrer. mas... não doía. nada. nem um bocadinho. nem na parte que é suposto doer (if you know what i mean...), doeu. lado mau disto: vai doer na próxima vez que lá for e, por isso, nunca mais vou fazer a depilação.
  • não houve ventoinha desta vez. lado mau disto: o ponto a seguir.
  • houve janela aberta. o que, na verdade, acho que só traz coisas positivas para o mundo em geral e a vida em particular. para mim: não cheguei a congelar por inteiro porque a temperatura da rua era mais quentinha que a de uma possível ventoinha - pelo menos, em estado normal. para o planeta: não houve gasto de energia. para os vizinhos dos prédios à volta: não sei se dava para ver alguma coisa mas, se viram, era só produto nacional da mais altíssima qualidade. 
  • primeira vez na história da minha depilação em que não fico com as pernas cheias de alergia. acho que achei o segredo: não coçar quando dá comichão e pôr um creme (que também estava em promoção para além das batatas camponesas) que não tenho agora o nome porque é 1h da manhã mas, se alguém tiver interesse em saber, pode perguntar ao meu advogado. brincadeirinha - pode perguntar nos comentários que eu depois lembro-me de ir ver.
  • quando estava a voltar para casa, encontrei o meu crush - eu sei que tenho muitos mas este é o principal. e aí sim, ia morrendo. não por ser um caranguejo congelado mas por me sentir um caranguejo vivo a ser fervido numa panela com água a estoirar. no entanto, consegui manter a postura e falar-lhe como se estar toda a colar da cintura para baixo fosse bastante natural e comum, tal como me sentir como se estivessem 18389472 abelhas a corroer-me por dentro.

que o meu prédio decida parar ao lado da casa do adam levine. amén

há 1 semana, estaria, provavelmente, a tocar guitarra, com os estores para baixo e as ventoinhas a esforçarem-se para serem despedidas porque, com elas ou sem elas, parecia sempre que o meu prédio se tinha feito roulote e estava no meio do deserto do saara, na parte mais quente do dia e com todos os efeitos do aquecimento global reunidos naquele exato local. hoje, já existem algumas diferenças: os estores estão para cima e o sol pode entrar, já não existem ventoinhas e estou a ouvir ornatos violeta em loop, deitada na cama, tapada com o lençol e o cobertor às 14h09 porque o meu prédio, em vez de parar em lisboa, decidiu vir passear para o ártico. ou se calhar as ventoinhas não fizeram assim tão mau trabalho, os resultados é que chegaram mais tarde e não naquele momento. depois de escrever isto, vou ganhar coragem para me levantar do ninho e ir tocar piano. no entanto, já preparei umas quantas camisolas polar, três pares de calças de fato de treino bem quentes e um casaco impermeável, não vá o gelo começar aqui a derreter no ártico. o pior desta situação toda é que tenho depilação marcada para as 19h, que é uma hora em que está ainda mais frio e, para além disso, a senhora costuma lá ter sempre uma ventoinha apontada para as pernas, o que é bom para acalmar a dor, mas mau porque vou sair de lá a parecer um caranguejo congelado.

espero que, entretanto, o meu prédio decida ir dar uma voltinha à índia porque o meu encargo bastante exaustivo de ontem à noite foi ver o documentário do rui unas sobre a sua viagem à índia (aqui) e, com isto, senti-me a pessoa mais interessada na índia durante 1h e comecei a pesquisar sobre as castas, o código de manu e outras coisas que tais e fiquei tão encantada quanto assustada. o meu cérebro que acha entusiasmante tudo o que vê e ouve, também acha interessante que a distância de portugal a los angeles é maior do que de portugal à índia e, mesmo assim, a nossa forma de viver e de olhar para as coisas é mais parecida com a de los angeles do que da índia. e digo índia mas podia dizer outros países que estão a muito menor distância. o meu cérebro acabou de ficar ainda mais confuso e cansado só nestes 5 segundos que parei para pensar nisto. terei de me retirar. entretanto, se eu não voltar ao blog nos próximos dias, meses ou anos, será porque estarei na minha fase de caranguejo a descongelar. por aqui me fico. obrigada. de nada. até à próxima (talvez).

o mundo é um quase círculo a girar

neste momento, estou a viver um período bastante emotivo e comovente na minha vida porque me aconteceu algo que eu nunca pensei que iria acontecer: fui a primeira pessoa a ser atendida nas finanças. porra, isto é ou não é um verdadeiro motivo de celebração? e mais: não tive nem tenho de pagar nada. sempre ouvi dizer que não podemos comparar a nossa vida à dos outros porque o nosso caminho é o nosso caminho e tudo acontece no tempo certo e fico emocionada ao perceber a realidade desta frase. acreditem em vocês e nos vossos sonhos! eu também nunca acreditei que iria ser a primeira pessoa a ser atendida nas finanças e aconteceu! tenho chorado noite e dia de emoção e é por isso que não escrevo aqui há alguns dias - precisei de um tempo para me recompor e tirar todas as lições que a vida e o universo me deram com esta vivência. 

no entanto, claro que com todas as maldições das pessoas que tiveram de esperar na fila das finanças, logo a seguir tinha de acontecer uma desgraça: fiquei (quase) presa no autocarro. a minha mãe saiu do autocarro e, quando eu ia a sair, o motorista fechou a porta e começou a arrancar. no entanto, ver a minha mãe toda numa representação do quadro d'o velho do restelo, valeu toda a aflição - na verdade, foi só uma pequena aflição porque o único problema é que estava cheia de fome e assim ia demorar mais tempo a chegar a casa para comer. contudo, a vida é um barril de surpresas e, mais tarde, tinha à minha espera (sim, à minha espera!) o álbum novo das minhas amigas forever anavitória. a minha preferida e, obrigatoriamente, a preferida de toda a gente, é esta:


e sim, são minhas amigas. se eu já estive com elas e já falaram comigo uma vez, são minhas amigas. ainda para mais, elas, sendo perfeitas, sentiram logo o meu cheiro inconfundível de pessoas que possuem tal caraterística e acolheram-me na alcateia das perfeições. também nessa alcateia está presente o marcelito. trato-o assim porque sou amiga dele mas, normalmente, o povo trata-o por marcelo rebelo de sousa. o marcelito deve ser a pessoa perfeita com quem estive mais vezes (para além de mim, com quem tenho de estar todos os dias), condecorando-o como meu melhor amigo (um verdadeiro prazer): vi-o em lisboa e meia dúzia de meses depois estava ele a ser presidente da república (os meus poderes são poderosos!); no dia em que ele assumiu a presidência, fiz uma reportagem não pensada em frente ao palácio de belém que tinha todos os jornalistas de canais reconhecidos a olharem para mim (enfim, a inveja é um sentimento muuuuito feio...) e, no momento em que ele ia a sair, ele riu e acenou-me (sentiu o tal cheiro caraterístico das pessoas perfeitas) - 100 milhões de euros e coloco esta reportagem na internet! -; no ano passado, a minha mãe encontrou-o e ele mandou-me um beijinho e, mais tarde nesse dia, eu encontrei-o e tirei uma fotografia com ele. quando tivermos um momento para irmos beber café juntos (já dizia o tal ditado: pessoas perfeitas, agendas apertadas), mostro-lhe a tal reportagem e pode ser que ele me adote e eu passe a ser uma pessoa interessante e não uma pessoa que se vai deitar agora, às 22h, a ler o livro do calvin esparguete, como a verdadeira senhora de 50 anos, doida por gatos, que sou.

sugestão do pré-sono: se não tiverem o livro do calvin esparguete, podem ir ouvir a música que fiz (aqui), meter gosto, partilhar, subscrever o canal e tal e tal e tal. dizem os cientistas especializados na matéria que, quem o fizer, entra automaticamente na alcateia das perfeições. uuuuh - tsss!

vou-me declarar: amo-te, molho pesto

como é do conhecimento nacional adquirido através da modalidade tradicional da experiência (isto sou eu a provar a mim mesma que ainda me lembro da matéria chata da teoria chata da disciplina chata que dei este ano e que não tenho tanto assim uma memória de autoclismo), hoje, 31 de julho, é o melhor dia para casar porque depois chega agosto e sofre-se um desgosto. no entanto, ainda não é este ano que me vou casar. até porque se o nelson évora me visse a chegar neste estado de quem acabou de limpar a casa toda sozinha de cima a baixo e da esquerda à direita (aconteceu mesmo, senhores, e eu estou rebentadíssima) à igreja, pedia-me o divórcio logo antes de nos casarmos e ainda me colocava uma pulseira eletrónica para ter a certeza que não me aproximava dele num raio de 100 km. no entanto, podia ser que aí, com o coração partido, passasse a ter um outro propósito de dedicação das músicas da carolina deslandes que não fosse a minha gata - até porque, infelizmente, é biologicamente impossível eu e ela termos filhos a quem pudéssemos dizer que nos conhecemos num dia de sol, sendo que nos conhecemos na rua e eu trouxe-a para uma one night stand e cá ficou até hoje. porém, confesso que choro sempre a olhar para ela enquanto oiço a música aleluia (aqui) - talvez tenha sido por nos termos conhecido ao pé de uma igreja. aqui vai mais uma prova que a minha gata é perfeita:

rita, o ser mais perfeito do universo.
ps: este post foi só uma desculpa para mostrar ao mundo esta fotografia linda.

ninguém sabe mas eu escondo-me por detrás de um alien enviado de marte para estudar o planeta terra disfarçado de uma coisa estranha de 21 anos quando, na verdade, sou uma senhora de 50 anos solteira desde sempre e que tem a casa cheia de gatos. no entanto, só mostro um dos meus infinitos gatos porque os outros andam por aí fugidos porque, segundo me chegou aos ouvidos nos breves segundos de mudança de música, estão fartos de ouvir piruka. sim, eu ando a ouvir piruka durante tanto tempo durante o dia que se morresse agora, o mais provável era as músicas dele continuarem a ecoar no meu cérebro durante anos e, pior que isso, são sempre as mesmas 3 músicas em repetição constante. isto anda a ter repercussões tão graves que hoje sonhei que uma grande quantidade de molho pesto estava a ser sugado por um buraco negro e todo esse molho pesto saía por um funil que ia dar ao meu prato. ora bem, daqui podemos tirar 3 conclusões:
  1. ando a comer demasiado molho pesto (o que é verdade, uma vez que ando a colocar molho em todas as refeições. e quando eu digo todas, eu quero mesmo dizer todas!).
  2. sou demasiado obcecada com o universo (o que também é uma verdade! por falar nisso, com tudo isto comecei a pesquisar sobre buracos negros e buracos brancos e acho que não há nada mais interessante!). 
  3. sou o centro do universo.
admito que a minha conclusão preferida é a terceira, o que também só irá atestar a razão de alguém que algum dia diga que me acho o centro do universo - não só me acho, como o sou. no entanto, o meu louco cérebro deve andar a querer explodir e vai também ser a causa de desaparecimento de tudo.